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22/11/2003 - 14h58

Parentes e amigos de namorados mortos realizam passeata em SP

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da Folha Online

Uma passeata contra a violência, a impunidade e em prol de mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) é realizada neste sábado em São Paulo. O protesto é liderado por parentes e amigos dos namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, assassinados em Embu-Guaçu, na região metropolitana.

O grupo, que se reuniu na avenida Paulista, segue em passeata até a Assembléia Legislativa (zona sul), onde entregará uma carta-manifesto a uma comissão de deputados. Segundo estimativas da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), cerca de 5.000 pessoas participam da manifestação.

Antes de os participantes saírem em passeata, um culto ecumênico foi realizado na altura da rua Bela Cintra. Participam da manifestação a apresentadora Hebe Camargo, o rabino Henry Sobel e o ator Daniel Zettel.

De acordo com a CET, a pista sentido Paraíso da avenida Paulista está totalmente bloqueada pelo grupo, que deve seguir pela avenida Brigadeiro Luís Antônio até a Assembléia.

ECA

De acordo com a polícia, o mentor do crime é um adolescente de 16 anos. Atualmente, o ECA determina que o tempo máximo de internação para jovens infratores seja de três anos. A morte do casal colocou em evidência a discussão em torno da maioridade penal.

A intenção dos manifestantes é que os deputados encaminhem ao Congresso Federal as reivindicações do grupo. Uma delas é a realização de um plebiscito para averiguar se a população brasileira quer ou não uma revisão do ECA.

Reprodução
Os estudantes Felipe e Liana
Crime

Liana e Felipe estavam desaparecidos desde o último dia 31, quando foram acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu. Felipe morreu com um tiro na nuca no último dia 2, e Liana, a facadas, na madrugada do dia 5, segundo a polícia.

Cinco acusados de envolvimento no crime estão detidos, entre eles o adolescente.

O inquérito policial sobre o caso foi encerrado no último dia 19. Os quatro homens maiores de idade foram indiciados por formação de quadrilha ou bando, sequestro e cárcere privado e homicídio quadruplamente qualificado. Também deverão responder por estupro e ocultação de cadáver.

As qualificadoras são por motivo torpe, emprego de tortura, traição e emboscada mediante simulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima e ocultação de outro crime.

Segundo a Polícia Civil, os delegados responsáveis pelo inquérito concluíram que, de alguma forma, todos os envolvidos colaboraram para o crime.

Após análise do Ministério Público, o inquérito deverá ser encaminhado para avaliação da Justiça. Para a denúncia (acusação formal), o promotor Marcus Patrick de Oliveira Manfrin, de Embu-Guaçu, deverá analisar as provas colhidas, os laudos da perícia e os depoimentos dos acusados.

Com Folha de S.Paulo

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