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20/08/2004
-
17h26
da Folha Online
Seis moradores de rua, agredidos na região central de São Paulo, permanecem internados em estado grave. As agressões ocorreram na madrugada de quinta-feira. Outras quatro vítimas morreram.
Dos feridos, dois estão na Santa Casa, dois no hospital de Ermelino Matarazzo e outros dois, em estado gravíssimo, estão internados em coma induzido na UTI do hospital Vergueiro.
As primeiras testemunhas da chacina já foram ouvidas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), segundo informações da 3ª Delegacia de Homicídios.
Minuto de silêncio
Nesta sexta-feira, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), em almoço no restaurante-escola da Câmara Municipal, pediu aos presentes que se levantassem e fizessem um minuto de silêncio, em memória aos moradores de rua.
"Eu acho que o que aconteceu nesta cidade traz o luto a cada um de nós. Uma demonstração de intolerância e preconceito que esta cidade está indignada e devastada com a tragédia que se cometeu", disse.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), em nota, afirma que determinou à Secretaria da Segurança "rigor total na apuração e o uso de todos os recursos disponíveis". "Estou pessoalmente estarrecido com o acontecimento."
Agressões
Os dez moradores de rua agredidos estavam em diferentes pontos da região central da cidade. Todos foram agredidos na região da cabeça, a pauladas, segundo o delegado titular da 3ª Delegacia de Homicídios do DHPP, Luis Fernando Lopes Teixeira.
A praça João Mendes, a rua Tabatinguera, a rua 15 de Novembro e a rua da Glória foram alguns dos locais onde os ataques ocorreram. Três das vítimas morreram na quinta-feira. A quarta vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Vergueiro.
Ainda não há a identificação de todas as vítimas --algumas não tinham documentos.
"Grupo de extermínio"
Os promotores de Justiça Carlos Cardoso e Carlos Roberto Marangoni Talarico acompanham as investigações do caso.
Cardoso, assessor especial da Procuradoria Geral de Justiça para direitos humanos, afirmou que "evidências sugerem a ação de grupos de extermínio".
Para o promotor, as agressões contra moradores de rua podem ter sido motivadas por razões financeiras, que supostamente envolveriam comerciantes incomodados com a presença dos moradores de rua, ou por razões ideológicas e sentimentos de intolerância.
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Moradores de rua agredidos em SP permanecem em estado grave
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Seis moradores de rua, agredidos na região central de São Paulo, permanecem internados em estado grave. As agressões ocorreram na madrugada de quinta-feira. Outras quatro vítimas morreram.
Dos feridos, dois estão na Santa Casa, dois no hospital de Ermelino Matarazzo e outros dois, em estado gravíssimo, estão internados em coma induzido na UTI do hospital Vergueiro.
As primeiras testemunhas da chacina já foram ouvidas pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), segundo informações da 3ª Delegacia de Homicídios.
F.Donasci/Folha Imagem |
Doméstica acende vela em local onde morador foi atacado |
Nesta sexta-feira, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), em almoço no restaurante-escola da Câmara Municipal, pediu aos presentes que se levantassem e fizessem um minuto de silêncio, em memória aos moradores de rua.
"Eu acho que o que aconteceu nesta cidade traz o luto a cada um de nós. Uma demonstração de intolerância e preconceito que esta cidade está indignada e devastada com a tragédia que se cometeu", disse.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), em nota, afirma que determinou à Secretaria da Segurança "rigor total na apuração e o uso de todos os recursos disponíveis". "Estou pessoalmente estarrecido com o acontecimento."
Agressões
Os dez moradores de rua agredidos estavam em diferentes pontos da região central da cidade. Todos foram agredidos na região da cabeça, a pauladas, segundo o delegado titular da 3ª Delegacia de Homicídios do DHPP, Luis Fernando Lopes Teixeira.
A praça João Mendes, a rua Tabatinguera, a rua 15 de Novembro e a rua da Glória foram alguns dos locais onde os ataques ocorreram. Três das vítimas morreram na quinta-feira. A quarta vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Vergueiro.
Ainda não há a identificação de todas as vítimas --algumas não tinham documentos.
"Grupo de extermínio"
Os promotores de Justiça Carlos Cardoso e Carlos Roberto Marangoni Talarico acompanham as investigações do caso.
Cardoso, assessor especial da Procuradoria Geral de Justiça para direitos humanos, afirmou que "evidências sugerem a ação de grupos de extermínio".
Para o promotor, as agressões contra moradores de rua podem ter sido motivadas por razões financeiras, que supostamente envolveriam comerciantes incomodados com a presença dos moradores de rua, ou por razões ideológicas e sentimentos de intolerância.
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