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21/08/2004
-
21h27
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
do Agora
Duas vítimas da chacina contra moradores de rua no centro de São Paulo foram enterradas neste sábado, em caixões e covas cedidos pela prefeitura. Outros dois mortos ainda não foram identificados, e os corpos permanecem no IML (Instituto Médico Legal).
Ivanildo Amaro da Silva, 41, conhecido como Pantera, foi enterrado às 14h no cemitério da Saudade, em São Miguel Paulista (zona leste). Compareceram cerca de 30 pessoas. "Eu só quero é justiça", disse a irmã de Ivanildo, Eurides Maria da Silva Delila, 46.
Já o enterro de Cosme Rodrigues Machado, 56, ocorreu às 17h no Cemitério da Vila Formosa (zona leste) e reuniu cerca de 15 pessoas. Amigos e parentes de Cosme disseram que ele recebeu ameaças de morte de homens encapuzados há 15 dias, quando dormia em uma barraca de cachorro-quente, na rua Leopoldo Miguez, na Várzea do Carmo (centro da capital.
Neste domingo, haverá um culto ecumênico em frente às escadarias da catedral da Sé em memória das vítimas. "Isso [chacina] sujou a imagem de São Paulo. Nossa cidade está suja de sangue", disse o padre Julio Lancelloti, da Pastoral do Povo de Rua, que foi ao velório de Ivanildo.
Golpes na cabeça
Na madrugada da última quinta-feira, dez homens foram agredidos com golpes na cabeça, provavelmente a pauladas ou marretadas, na região da praça da Sé. O maior ataque contra moradores de rua já registrado em São Paulo resultou na morte de quatro moradores de rua (três na quinta-feira e um ontem no hospital).
Seis feridos ainda estão internados em estado grave. Mas o saldo da chacina pode ser maior. Ontem, foi encontrado um homem com ferimentos semelhantes ao das outras seis vítimas.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública considera oficialmente dez vítimas para o caso. Ainda não se sabe se a 11ª vítima, internada ontem também com traumatismo craniano, tem ligação com o caso.
As três principais linhas de investigação da polícia são: briga entre os próprios moradores de rua, ação de grupos organizados e movimento financiado por comerciantes da área. A Associação Comercial de São Paulo classificou essa hipótese de "absurda".
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da Folha de S.Paulo
do Agora
Duas vítimas da chacina contra moradores de rua no centro de São Paulo foram enterradas neste sábado, em caixões e covas cedidos pela prefeitura. Outros dois mortos ainda não foram identificados, e os corpos permanecem no IML (Instituto Médico Legal).
Ivanildo Amaro da Silva, 41, conhecido como Pantera, foi enterrado às 14h no cemitério da Saudade, em São Miguel Paulista (zona leste). Compareceram cerca de 30 pessoas. "Eu só quero é justiça", disse a irmã de Ivanildo, Eurides Maria da Silva Delila, 46.
Já o enterro de Cosme Rodrigues Machado, 56, ocorreu às 17h no Cemitério da Vila Formosa (zona leste) e reuniu cerca de 15 pessoas. Amigos e parentes de Cosme disseram que ele recebeu ameaças de morte de homens encapuzados há 15 dias, quando dormia em uma barraca de cachorro-quente, na rua Leopoldo Miguez, na Várzea do Carmo (centro da capital.
Neste domingo, haverá um culto ecumênico em frente às escadarias da catedral da Sé em memória das vítimas. "Isso [chacina] sujou a imagem de São Paulo. Nossa cidade está suja de sangue", disse o padre Julio Lancelloti, da Pastoral do Povo de Rua, que foi ao velório de Ivanildo.
Golpes na cabeça
Na madrugada da última quinta-feira, dez homens foram agredidos com golpes na cabeça, provavelmente a pauladas ou marretadas, na região da praça da Sé. O maior ataque contra moradores de rua já registrado em São Paulo resultou na morte de quatro moradores de rua (três na quinta-feira e um ontem no hospital).
Seis feridos ainda estão internados em estado grave. Mas o saldo da chacina pode ser maior. Ontem, foi encontrado um homem com ferimentos semelhantes ao das outras seis vítimas.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública considera oficialmente dez vítimas para o caso. Ainda não se sabe se a 11ª vítima, internada ontem também com traumatismo craniano, tem ligação com o caso.
As três principais linhas de investigação da polícia são: briga entre os próprios moradores de rua, ação de grupos organizados e movimento financiado por comerciantes da área. A Associação Comercial de São Paulo classificou essa hipótese de "absurda".
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