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24/08/2004
-
00h06
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que os responsáveis pelas agressões contra moradores de rua em São Paulo devem estar tomados "de uma insanidade inexplicável". "Só pode ser um doente", disse.
Desde a última quinta-feira, seis moradores de rua morreram e nove ficaram feridos. Eles foram atingidos com pauladas na cabeça, na região central da capital. Para o presidente, o crime "cheira a preconceito". Apesar disso, afirmou que é necessário "aguardar que a polícia pegue pelo menos o primeiro [suspeito], para desvendar esse mistério dessas mortes sem sentido".
Os feridos permanecem internados em hospitais da cidade --alguns ainda correm risco de morte.
Por volta das 18h30 desta segunda-feira, um grupo representado por pessoas ligadas a entidades de direitos humanos e religiosas participaram de uma vigília no centro da cidade.
Imagens
A polícia tenta localizar suspeitos de envolvimento nas agressões. Fitas de circuito interno de imóveis localizados na região onde ocorreram os crimes serão analisadas.
A polícia trabalha com quatro hipóteses para os crimes: briga entre os próprios moradores de rua, ação de um grupo de intolerância [como o que atacou homossexuais na praça da República em 2000], tráfico de drogas e crime encomendado por comerciantes do local.
Lula voltou a oferecer ajuda da Polícia Federal para esclarecer o caso. "Se houver interesse, a PF estará a disposição para ajudar a desvendar essa barbárie". Na última sexta-feira, em nota, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse, em nota, ter entrado em contato com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para, a pedido do presidente, "prestar solidariedade e oferecer o auxílio da Polícia Federal".
O ouvidor-geral da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Pedro Montenegro, deverá se reunir, nesta próxima terça-feira, com entidades de direitos humanos e com o delegado responsável pelas investigações. Ele abriu, na última sexta-feira, um procedimento para monitorar o caso.
Denúncias
O Disque-Denúncia já recebeu 13 ligações referentes aos ataques contra os moradores de rua. Segundo o Instituto São Paulo Contra a Violência, responsável pelo serviço, as denúncias encaminhadas ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para investigação.
O Disque-Denúncia atende pelo telefone 0800-15-63-15 para denunciantes do Estado de São Paulo. Denunciantes de outros Estados devem utilizar o número 0/xx/11/3272-7373. O serviço garante o anonimato do denunciante.
Fuga
Um morador de rua que foi agredido no centro de São Paulo, no final de semana, fugiu por volta das 12h desta segunda-feira do Hospital do Servidor Público Municipal.
Segundo o hospital, o rapaz foi agredido na cabeça. Ele não passou por cirurgia, estava em observação no pronto-socorro e não havia previsão de alta para os próximos dias. O hospital não soube informar como ocorreu a fuga.
O rapaz foi encontrado na praça da Sé e deu entrada no hospital às 23h36 de sábado. Rivelino foi excluído da lista oficial de moradores agredidos na cidade desde a madrugada da última quinta-feira porque, segundo o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, esse caso difere do padrão verificado nas outras agressões, assim como o de um homem atingido por uma bomba caseira em Itaquera, zona leste.
Com Agência Brasil
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que os responsáveis pelas agressões contra moradores de rua em São Paulo devem estar tomados "de uma insanidade inexplicável". "Só pode ser um doente", disse.
Desde a última quinta-feira, seis moradores de rua morreram e nove ficaram feridos. Eles foram atingidos com pauladas na cabeça, na região central da capital. Para o presidente, o crime "cheira a preconceito". Apesar disso, afirmou que é necessário "aguardar que a polícia pegue pelo menos o primeiro [suspeito], para desvendar esse mistério dessas mortes sem sentido".
Os feridos permanecem internados em hospitais da cidade --alguns ainda correm risco de morte.
Por volta das 18h30 desta segunda-feira, um grupo representado por pessoas ligadas a entidades de direitos humanos e religiosas participaram de uma vigília no centro da cidade.
Imagens
A polícia tenta localizar suspeitos de envolvimento nas agressões. Fitas de circuito interno de imóveis localizados na região onde ocorreram os crimes serão analisadas.
A polícia trabalha com quatro hipóteses para os crimes: briga entre os próprios moradores de rua, ação de um grupo de intolerância [como o que atacou homossexuais na praça da República em 2000], tráfico de drogas e crime encomendado por comerciantes do local.
Lula voltou a oferecer ajuda da Polícia Federal para esclarecer o caso. "Se houver interesse, a PF estará a disposição para ajudar a desvendar essa barbárie". Na última sexta-feira, em nota, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse, em nota, ter entrado em contato com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para, a pedido do presidente, "prestar solidariedade e oferecer o auxílio da Polícia Federal".
O ouvidor-geral da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Pedro Montenegro, deverá se reunir, nesta próxima terça-feira, com entidades de direitos humanos e com o delegado responsável pelas investigações. Ele abriu, na última sexta-feira, um procedimento para monitorar o caso.
Denúncias
O Disque-Denúncia já recebeu 13 ligações referentes aos ataques contra os moradores de rua. Segundo o Instituto São Paulo Contra a Violência, responsável pelo serviço, as denúncias encaminhadas ao DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para investigação.
O Disque-Denúncia atende pelo telefone 0800-15-63-15 para denunciantes do Estado de São Paulo. Denunciantes de outros Estados devem utilizar o número 0/xx/11/3272-7373. O serviço garante o anonimato do denunciante.
Fuga
Um morador de rua que foi agredido no centro de São Paulo, no final de semana, fugiu por volta das 12h desta segunda-feira do Hospital do Servidor Público Municipal.
Segundo o hospital, o rapaz foi agredido na cabeça. Ele não passou por cirurgia, estava em observação no pronto-socorro e não havia previsão de alta para os próximos dias. O hospital não soube informar como ocorreu a fuga.
O rapaz foi encontrado na praça da Sé e deu entrada no hospital às 23h36 de sábado. Rivelino foi excluído da lista oficial de moradores agredidos na cidade desde a madrugada da última quinta-feira porque, segundo o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, esse caso difere do padrão verificado nas outras agressões, assim como o de um homem atingido por uma bomba caseira em Itaquera, zona leste.
Com Agência Brasil
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