Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
22/08/2004 - 19h48

SP reforça policiamento no centro após ataques a moradores de rua

Publicidade

da Folha Online

O Secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, anunciou hoje o reforço de 40% no policiamento na região central de São Paulo, após uma série de ataques violentos a moradores de rua, iniciada na última quinta-feira (18), que já resultou na morte de seis pessoas.

Ele informou que mais 81 policiais militares vão atuar na área, além dos 200 homens normalmente já destacados para o patrulhamento da região, que compreende os bairros da Sé, Consolação, República e Glicério.

Até dois pelotões da Rota (unidade de elite da Polícia Militar) serão mobilizados com um total de oito viaturas e 33 homens.

"Como a região tem muitos becos e áreas sem iluminação, também vamos usar 16 homens da cavalaria e 12 homens da Rocam [ronda ostensiva com apoio de motos]", disse o secretário, em entrevista à imprensa.

Ele rebate críticas de que a polícia não agiu rápido para impedir a ocorrência de novas mortes desde os primeiros ataques na quinta-feira passada.

"Não assistimos [às mortes] passivamente. Estamos prevenindo. Estamos investigando."

Segundo ele, fitas de vídeo da segurança de estabelecimentos comerciais na região estão sendo analisados pela polícia na busca de pistas sobre a responsabilidade pelas mortes.

Questionado se a polícia federal poderia auxiliar na apuração do caso, o secretário disse que "qualquer ajuda é boa", mas esboçou uma crítica à política de liberação de recursos pelo governo federal à área de segurança pública de São Paulo ao citar que o Estado só recebeu 0,5% do orçamento para área.

Apesar de críticas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo de que a politização do caso pode prejudicar as investigações, o secretário criticou a escassez de vagas dos abrigos da prefeitura:
"Por favor, Marta Suplicy, abra vagas para a polícia poder recolher os moradores de rua."

Após o ataque em série, a administração da prefeita Marta Suplicy (PT) divulgou nota com críticas à ação do Estado, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin, na área de segurança.

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) também informou que aumentará seu efetivo no centro. Com efetivo total de 5.800 guardas metropolitanos, a GCM vai colocar mais 150 homens para atuar na madrugada da região central.

Leia mais
  • Tráfico é principal suspeito por chacina no centro
  • Sobe para seis o número de mortos em ataques
  • Morador de rua agredido em São Paulo foge de hospital

    Especial
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre grupos de extermínio
  • Arquivo: veja o que já foi publicado sobre violência contra moradores de rua
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página