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06/09/2004
-
06h10
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Após seis meses do início do programa Brasil Alfabetizado, quase um terço da turma de 24 alunos terminou o curso sem saber ler nem palavras soltas.
O resultado levou uma empresa de Brasília a retomar por contra própria, na semana passada, as aulas de alfabetização, para que os estudantes melhorassem o aprendizado.
Na faixa entre 50 e 70 anos, os alunos terão aulas quatro vezes por semana até novembro. A professora será uma das técnicas do departamento de recursos humanos, que fará o trabalho de forma voluntária.
"Eu assinava a folha de ponto com o dedão. Agora desenho meu nome, já é alguma coisa", resume o funcionário José Gustavo dos Santos, 66.
Há 45 anos na Novacap (empresa ligada ao governo do Distrito Federal e responsável por obras e serviços de urbanização), trabalhando em serviços gerais, Santos diz que pretende continuar estudando porque quer aprender a ler.
A mesma vontade tem seu colega de turma Inácio José Simplício, 60, que reconhece que ainda não consegue ler textos. "Não sabia pegar no lápis. A professora teve paciência", afirmou.
"Já sei ler um pouquinho. Quando começa a aprender, a gente toma gosto", completa o jardineiro Luiz Bezerra, 61.
A chefe da seção de treinamento da Novacap, Alessandra Danielli de Melo Almeida, diz que os seis meses de duração do Brasil Alfabetizado não são suficientes para que os alunos consigam reconhecer as palavras.
"Havia uma expectativa de que o programa tivesse uma segunda etapa e continuasse por mais seis meses. Quando questionamos oficialmente, recebemos a resposta de que não haveria complementação. Para não frustrar os alunos, resolvemos continuar as aulas", disse.
Para Norma Suely Campos Farias, que está dando aula para a turma de alfabetizandos da Novacap, os cursos do programa deveriam ter a duração de, no mínimo, um ano. "Há um grupo nessa turma que não identifica as sílabas mesmo depois dos seis meses do programa."
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Um terço dos participantes termina curso sem ler palavras soltas
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Após seis meses do início do programa Brasil Alfabetizado, quase um terço da turma de 24 alunos terminou o curso sem saber ler nem palavras soltas.
O resultado levou uma empresa de Brasília a retomar por contra própria, na semana passada, as aulas de alfabetização, para que os estudantes melhorassem o aprendizado.
Na faixa entre 50 e 70 anos, os alunos terão aulas quatro vezes por semana até novembro. A professora será uma das técnicas do departamento de recursos humanos, que fará o trabalho de forma voluntária.
"Eu assinava a folha de ponto com o dedão. Agora desenho meu nome, já é alguma coisa", resume o funcionário José Gustavo dos Santos, 66.
Há 45 anos na Novacap (empresa ligada ao governo do Distrito Federal e responsável por obras e serviços de urbanização), trabalhando em serviços gerais, Santos diz que pretende continuar estudando porque quer aprender a ler.
A mesma vontade tem seu colega de turma Inácio José Simplício, 60, que reconhece que ainda não consegue ler textos. "Não sabia pegar no lápis. A professora teve paciência", afirmou.
"Já sei ler um pouquinho. Quando começa a aprender, a gente toma gosto", completa o jardineiro Luiz Bezerra, 61.
A chefe da seção de treinamento da Novacap, Alessandra Danielli de Melo Almeida, diz que os seis meses de duração do Brasil Alfabetizado não são suficientes para que os alunos consigam reconhecer as palavras.
"Havia uma expectativa de que o programa tivesse uma segunda etapa e continuasse por mais seis meses. Quando questionamos oficialmente, recebemos a resposta de que não haveria complementação. Para não frustrar os alunos, resolvemos continuar as aulas", disse.
Para Norma Suely Campos Farias, que está dando aula para a turma de alfabetizandos da Novacap, os cursos do programa deveriam ter a duração de, no mínimo, um ano. "Há um grupo nessa turma que não identifica as sílabas mesmo depois dos seis meses do programa."
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