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Dia 17.07.02

 

Trabalho temporário é a única esperança de novas contratações neste ano

O mercado de trabalho deve repetir o fraco desempenho do segundo semestre do ano passado. A única possível movimentação poderá ser em torno das contratações temporárias no final do ano, na época do Natal. Nem mesmo para o Dia das Crianças as empresas do setor pretendem abrir novos postos.

Acredita-se que um aquecimento nas contratações aconteça a partir deste mês no setor de alimentação, principalmente o de massas e biscoitos, por causa da fabricação de panetones. Apesar das perspectivas nessa área, a crise no setor industrial ameaça outros setores da economia.

A indústria automobilística, por exemplo, está esgotando todos os seus mecanismos possíveis para reduzir o ritmo de produção sem demissões. A General Motors abriu seu programa de demissões voluntárias e de férias coletivas. Mesmo antes dessa onde de retração, a DaimlerChrysler já havia programado demitir 700 funcionários até o final do semestre.

Leia mais:
- Cresce a ameaça de demissões nas montadoras
- Produção industrial tem queda
- Contrato temporário reduz a carência de funcionários

 

 
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Contrato temporário reduz a carência de funcionários

Impedidas de registrar pela CLT, agências simplificam seleção. À espera de autorização para realizar concurso público desde dezembro de 2000, as agências reguladoras estão contratando profissionais de forma temporária para amenizar a carência de pessoal. Pelo menos quatro delas estão com processos seletivos simplificados em aberto para efetivação após o término do período eleitoral: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt).

Os contratos são por 12 meses, renováveis por igual período, até o máximo de 36 meses. Os salários variam entre R$ 1,8 mil e R$ 6 mil, dependendo do cargo e órgão, e as inscrições ficam abertas pelo prazo de um ano. Na maioria das agências, a procura é por profissionais de nível superior, em áreas como direito, engenharia, economia e administração, entre outras. Mas, no caso da Anatel, há vagas para três categorias de nível médio - geral, secretariado executivo e telecomunicações.

Os concursos públicos para as agências reguladoras estão suspensos em função de uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade (Adin), impetrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF). O PT contesta a constitucionalidade da adoção do regime celetista em autarquias executoras de serviços públicos. O processo ainda está em julgamento.

Somente este ano, a Aneel já contratou 137 pessoas por meio desse tipo de processo seletivo, segundo informa a superintendente de Recursos Humanos da agência, Cíntia Pezzi. Os profissionais passam por três etapas, todas eliminatórias. As duas primeiras - análise curricular e entrevista técnica - são feitas pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade Federal de Brasília (UnB). Apenas a última, chamada de entrevista técnica, fica a cargo da Aneel. No caso da Aneel, as vagas são para 14 áreas do conhecimento, com salários de R$ 2 mil a R$ 7,1 mil.

O Cespe funciona como um banco de dados e os profissionais são recrutados de acordo com as demandas das agências - não há um número definido de vagas. A diretora-geral do Centro, Romilda Guimarães Macarini, informa que as quatro agências que estão com processo em aberto já contrataram pelo menos 300 pessoas este ano. "O processo é devagar em função da falta de perfis adequados e da ausência de formação específica."

Cíntia concorda que as agências abriram um novo mercado de trabalho mas, ao mesmo tempo, de difícil aquisição de profissionais. "Pode-se dizer que não há ninguém pronto para trabalhar no mercado de regulação, exatamente pelo fato de a área ser extremamente nova no Brasil." A conseqüência é que os processos de seleção ficam abertos por um ano e sem garantia de que todos os cargos sejam preenchidos nesse período.

De acordo com a superintendente da Aneel, por outro lado, quem passa pelo difícil filtro e entra nesse segmento tende a dar uma guinada profissional. "O bom treinamento oferecido pelas agências dá às pessoas uma expertise que dificilmente elas teriam em empresas convencionais. Elas ficam na vitrine."

Esta visibilidade pode ser encarada como uma compensação, pelo menos por enquanto, ao fato de não haver uma contratação definitiva por meio de concurso público. De acordo com a legislação, após sair da agência, o profissional precisa ficar dois anos sem assumir nenhum tipo de trabalho na forma de contrato temporário em órgãos do governo. Outra desvantagem é que não há recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o que pode pesar no bolso na hora que termina o contrato.

Outra vantagem do novo mercado é que ele permitiu a contratação de profissionais que, à primeira vista, têm muito pouco a ver com as áreas especificadas pelas reguladoras. "A interdisciplinaridade exigida torna o desafio muito mais interessante." A Aneel busca, por exemplo, pessoas das áreas de psicologia, pedagogia, matemática e relações internacionais, entre outras.

As inscrições são feitas exclusivamente via internet, no endereço www.cespe.unb.com.br.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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