Contratação
de domésticas cai 90% em São Paulo
A procura por
empregadas domésticas em São Paulo, por meio de agências
de empregos, caiu até 90% no primeiro semestre em relação
a igual período de 2001. Segundo os empresários do
setor, vários fatores contribuíram para a redução
da contratação de trabalhadores enviados por agências.
Entre eles, destacam-se a queda do poder aquisitivo da classe média
e a onda de violência nas grandes cidades.
Além
da diminuição nas contratações, as agências
reclamam da redução dos salários. Moradores
de bairros sofisticados, como Alto de Pinheiros, Cidade Jardim e
Morumbi, estão oferecendo de R$ 300 a R$ 500 para ter uma
empregada para lavar e passar roupas, arrumar a casa e cozinhar.
Em 2001, a média salarial girava entre R$ 600 e R$ 800 mensais,
dizem as agências. Há quem ofereça R$ 200, insuficientes
para uma trabalhadora, que tem família, conseguir sobreviver.
A notícia
ganha proporções maiores se considerarmos recentes
pesquisas da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise
de Dados). Estudo divulgado mês passado mostrou. O emprego
doméstico na Grande São Paulo equivale a 30% das ocupações
femininas geradas de 1989 a 2001. Na avaliação dos
técnicos da Seade, isso já era bastante ruim, pois
esse tipo de trabalho tem como características jornadas mais
longas e a não-garantia de direitos básicos como o
13º salário e o sistema previdenciário.
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