Partidos
não cumprem cotas para candidatas
A lei que estabelece
uma cota de 30% para mulheres nas chapas que disputam as eleições
não está sendo cumprida. Dos 3.376 candidatos que
devem disputar as 513 vagas da Câmara dos Deputados, por exemplo,
apenas 11,73% são mulheres.
O cálculo
foi feito pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFêmea),
com base nos dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os partidos se valem de artifícios para driblar a exigência,
como registrar um número menor de candidatos do que o permitido.
No Espírito
Santo, a situação tomou outros contornos: a candidata
a deputada federal pelo PT, Iriny Lopes, está proibida pela
Polícia Federal de participar de comícios. Ela está
há meses jurada de morte, sendo conhecida no Estado por sua
luta pela defesa dos direitos humanos.
Leia
mais
Partidos descumprem cotas para mulheres
Leia
também
Ameaçada, candidata não pode fazer
comícios
Partidos descumprem
cotas para mulheres
Um retrato sem
maquiagem: dos 3.376 candidatos que disputarão as 513 vagas
da Câmara dos Deputados, apenas 11,73% são mulheres.
O cálculo, feito pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria
(CFêmea), com base nos dados preliminares do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), mostra que, apesar da lei que estabelece cotas
de 30% para candidatas nas chapas, os partidos ainda se valem de
artifícios para driblar a exigência. E esses truques,
como registrar um número menor de candidatos do que o permitido,
são usados até pela esquerda.
O PT do Rio,
por exemplo, terá apenas uma candidata a deputada federal,
entre 31 nomes. A escolhida, a estreante Kathia Maia, uma advogada
de 38 anos, relutou em aceitar o convite:
- Não
escolhi. Fui convocada. Disputar uma vaga de deputado federal é
uma guerra. Por isso, preferia tentar a Assembléia Legislativa.
O bloco do eu
sozinha também dá o tom no PFL, que terá apenas
a deputada Laura Carneiro tentando a reeleição. No
PCdoB, a única candidata é a deputada Jandira Feghali,
mas, como a chapa tem apenas quatro nomes, o partido está
cumprindo a cota.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
Ameaçada,
candidata não pode fazer comícios
Mesmo acuado
com a missão federal que está em ação
no Espírito Santo, o crime organizado capixaba ainda provoca
medo. Candidata a deputada federal pelo PT e há meses jurada
de morte, Iriny Lopes, conhecida no estado por sua defesa dos direitos
humanos, está proibida pela Polícia Federal de participar
de comícios. Para não perder votos, ela pensa em gravar
em vídeo seus discursos para serem exibidos nos palanques
petistas.
Sob proteção
constante de agentes federais desde o mês passado, Iriny,
de 46 anos, começou a sofrer ameaças há três
anos. Ela municiou os deputados da CPI do Narcotráfico com
documentos sobre a atuação do crime organizado no
estado. Por causa da dificuldade de garantir a segurança
da ativista no palanque, em meio a grandes aglomerações,
a PF já avisou que ela não poderá dispor dos
agentes quando estiver em comícios.
- Quando há
maior concentração de pessoas, a segurança
torna-se mais complicada. Por isso, há restrições
- disse um agente que faz a segurança da candidata.
Na noite do
dia 12, no comício do presidenciável petista Luiz
Inácio Lula da Silva em Vila Velha, Região Metropolitana
de Vitória, Iriny Lopes burlou a orientação
da polícia e subiu no palanque. Antes, porém, teve
de assinar um termo eximindo a PF da responsabilidade por sua segurança.
- Não
é justo que eu não tenha liberdade para fazer campanha.
A criminosa não sou eu - reclama Iriny, que está negociando
com a Polícia Federal uma alternativa para poder subir nos
palanques.
Ela está
requisitando à Polícia Federal um aumento no número
de agentes que a protegem.
(O Globo)
|
|
|
Subir
|
|
|