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23/10/2003
Renda familiar cai, e mais pessoas vão procurar emprego

Em um ano, 1,228 milhão de pessoas ingressaram no mercado de trabalho, ampliando a oferta e pressionando a taxa de desemprego. O número representa o quanto a PEA (População Economicamente Ativa) aumentou de setembro de 2002 para setembro de 2003.

Para o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento ocorreu porque mais gente busca uma colocação com o objetivo de compensar a queda do rendimento familiar. A PEA é a força de trabalho, que inclui as pessoas empregadas e as que estão procurando trabalho.

Especialistas concordam com a avaliação do IBGE. Afirmam, porém, que também há outra explicação. É que, com a redução dos juros e a discreta melhora da atividade econômica, há um estímulo para que mais pessoas, antes fora do mercado, voltem a procurar emprego.

Em setembro, a PEA aumentou 6,1% em relação ao mesmo mês de 2002 e 1,1% em relação a agosto deste ano. O crescimento anual entre as mulheres foi maior: 7,8% contra 4,7% dos homens. "É tudo isso junto. Não há uma razão isolada", diz Sérgio Machado, diretor técnico do Dieese.

O economista Carlos Urso, da LCA, concorda que as duas análises são válidas e se complementam. Já para João Sabóia, diretor do Instituto de Economia da UFRJ, a explicação mais importante é a da redução da renda, que leva mais gente ao mercado.

Perfil
O IBGE também traçou o perfil de quem está migrando para a PEA. Entre os que conseguem emprego e se tornam ocupados, a maioria tem mais de 50 anos, é chefe da família ou cônjuge, do sexo feminino, ganha menos de R$ 200 e vai para a informalidade. Esse contingente se emprega especialmente no comércio e ganha menos de um mínimo (R$ 240).

Com mais opções, os que não conseguem emprego têm um perfil diferenciado. São jovens de 18 a 24 anos, com mais de 11 anos de estudo. A maioria nunca trabalhou. Segundo o IBGE, são pessoas que podem ficar desempregadas, aguardando uma oportunidade melhor.

Uma solução para absorver mais gente que está entrando no mercado é a criação de frentes de trabalho nas grandes cidades, segundo informa em relatório o Secretário de Trabalho e Solidariedade da Prefeitura de São Paulo, Márcio Pochmann.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

   
 
 
 

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