REFLEXÃO

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RADAR DO MUNDO
22/08/2008

Sistema de cotas na Noruega privilegia países em desenvolvimento

  Bia Lorenzi

Com o objetivo de ajudar alguns países, a Noruega se compromete com um programa de cotas que funciona em 47 universidades. Ele reserva 800 vagas para alunos de países em desenvolvimento e outras 300 para países da Europa central e oriental. Chamado “Quota Programe”, o projeto garante aos estudantes uma quantia de dinheiro (30% é garantida e 70% é uma espécie de empréstimo). O valor pode ser anulado, se certas exigências não forem cumpridas.

De acordo com o contrato, o aluno deve retornar para o seu país de origem assim que terminar o curso. Caso o faça dentro de 3 meses após o término, além de ter seu empréstimo anulado. Apesar de tantos benefícios, alguns cursos, cuja duração é superior a quatro anos, não fazem parte programa - como é o caso de Medicina e Odontologia.

No Brasil existe um programa semelhante, o programa de cotas para negros em universidades. Aprovado em junho de 2003, o programa tem gerado polêmica, por ser considerado controverso. Algumas pessoas, inclusive, afirmam que é uma forma de racismo, uma vez que se trata de diferenciação entre brancos e negros.

Um caso extremo foi o da Universidade Federal do Paraná. As vagas destinadas para cotas chegaram a 40% no vestibular de 2004. Um dos alunos afetados entrou com uma ação judicial com o objetivo de “recuperar” sua vaga de um negro e ganhou.

Já outras universidades apresentam uma visão construtiva do programa, como é o caso da Universidade de Brasília. Na instituição um aluno para se classificar deve apresentar alguns requisitos: obter pelo menos 20% da nota no conjunto da prova, além de uma nota superior a 0 na prova de língua estrangeira.

Bia Lorenzi, aluna do 2º ano do ensino médio, do Colégio Bandeirantes - biia.lorenzi@hotmail.com

   
Apresentação

O Radar do Mundo é produzido pelo projeto Idade Mídia do ensino médio do Colégio Bandeirantes, de São Paulo, desenvolvido pelos jornalistas Alexandre Sayad e Gilberto Dimenstein, que mistura o mundo da educação ao da comunicação (a chamada educomunicação). Em uma sociedade em que a informação está presente na vida dos jovens durante todo o tempo, a educação tem a necessidade de acompanhar essas novas demandas.

 
 
 

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