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Como comprar aposentadoria à vista

do FolhaInvest

Você já pensou em comprar a sua aposentadoria à vista? Por mais que a idéia contraste com o planejamento financeiro de longo prazo, o produto existe.

Quem chegou a uma idade próxima a de parar de trabalhar e nunca fez uma poupança previdenciária pode contratar junto às empresas de previdência e às seguradoras o recebimento imediato de uma renda mensal. O valor para comprar essa aposentadoria vai variar de acordo com a idade em que o benefício começar a ser pago e o valor desse benefício.

Para receber uma renda vitalícia de R$ 1.000 por mês, uma pessoa de 50 anos de idade teria que desembolsar pelo menos R$ 150 mil. Para quem quiser receber os mesmos R$ 1.000 a partir dos 60 anos, há instituições que exigem aplicações acima de R$ 130 mil.

A renda de R$ 1.000 por mês é próxima da que deseja o aposentado Nelson Ignacio, 58, para complementar o seu orçamento. Ignacio nunca fez uma poupança previdenciária, mas acumulou um patrimônio financeiro de R$ 140 mil. "Nunca tinha ouvido falar de renda vitalícia", diz.

Ele pensou em comprar um apartamento e complementar a sua renda com o aluguel. Atualmente, o seu dinheiro está aplicado em fundos DI.

O recebimento de um benefício mensal faz parte de uma segunda etapa do processo de previdência. Na primeira parte, as pessoas acumulam um capital por vários anos. A acumulação pode ser feita num plano tradicional, que garante uma rentabilidade mínima para a carteira, num PGBL ou num Fapi.

Ao atingir a idade de aposentadoria fixada no plano, tem início a segunda etapa, que é a de recebimento dos benefícios. Ao comprar a sua aposentadoria à vista, você tem de aplicar, de uma só vez, um valor que muita gente leva 20 ou 30 anos para poupar.

"É como iniciar uma partida de futebol já no segundo tempo", diz Toni Lotar, diretor da Sul América Seguros. Ele lembra que, mesmo para quem poupou num plano de previdência, o recebimento do benefício envolve um novo esforço de avaliação do investidor. Isso porque o investidor não é obrigado a receber o benefício na mesma instituição em que aplicou os recursos.

"Não necessariamente a entidade que você escolheu para aplicar num plano vai oferecer a melhor condição de pagamento da renda no futuro", afirma Lotar. Além de pesquisar quem paga a melhor renda para a reserva acumulada, o investidor deve analisar a melhor opção de renda.

Em geral, o investidor pode comprar uma renda mensal vitalícia sem continuidade ou reversível. Se optar por renda sem continuidade, a entidade pára de pagar o benefício com a morte da pessoa. A reversível permite que a renda seja paga à esposa ou ao marido, porém custa mais caro.

Se a pessoa tem um problema de saúde e acha que não vai viver muitos anos ou simplesmente quer aumentar o valor da renda paga, a melhor opção é contratar uma renda mensal temporária. É o caso do engenheiro químico carioca Dalton Marcondes Silva, 42. Com a saúde em ordem, Silva complementa seu salário com R$ 1.064 por mês. Ele deduziu do Imposto de Renda parte do valor aplicado. "A idéia era aplicar num plano de previdência tradicional, mas a compra da renda ficou adequada às minhas necessidades."

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