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17/10/2005
-
19h08
da Folha Online, em SP e Brasília
Irritado com as acusações de que seria responsável pelo foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, o governo paraguaio acusou ontem o Brasil de ter enviado técnicos ao país vizinho sem permissão com o objetivo de tentar localizar provas da origem da doença.
Segundo o ministro paraguaio de Agricultura e Pecuária, Gustavo Ruiz Díaz, os técnicos foram enviados antes mesmo de a comunidade internacional ser avisada sobre a existência da doença no rebanho.
"Isso [o envio da missão ao Paraguai] aconteceu antes que eles [o Brasil] declarassem a existência de aftosa em seu território. Entraram, revisaram e não encontraram nada. Caso contrário, teriam denunciado", disse o ministro do país vizinho.
Em caso de comprovação de um foco, para evitar que a aftosa se alastre o Brasil precisa prontamente informar a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), o Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa) e os países vizinhos.
Técnicos do Ministério da Agricultura disseram à Folha Online que, após a comunicação do foco, o governo tentou negociar o envio de observadores brasileiros ao país, mas o pedido foi rejeitado.
O foco de aftosa foi encontrado na cidade sul-matogrossense de Eldorado, localizada a cerca de 50 km da fronteira com o Paraguai. Na semana passada, o governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, chegou a acusar o país vizinho de ter sido responsável pelo reaparecimento da doença no Brasil, sugerindo que focos de aftosa surgem sempre em zonas de fronteira.
Durante entrevista, o ministro paraguaio repudiou as acusações: "Foi uma jogada muito vil. (...) Eles [os brasileiros] são campeões em nos atribuir seus males", criticou.
O ministro afirmou que a chancelaria paraguaia vai decidir se apresenta um protesto formal ao governo brasileiro. Ele, no entanto, vai denunciar o país no comitê permanente criado pelo Mercosul para controlar a febre aftosa, que se reunirá em Montevidéu nesta quarta-feira.
Exército
O comandante das forças militares do Paraguai, general Key Kanazawa, disse que aviões Tucano e helicópteros realizam vôos diários para detectar e evitar a eventual entrada de gado brasileiro no país vizinho. Além disso, lanchas da Marinha patrulham o rio Paraná, localizado entre os dois países.
Com agências internacionais
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Segundo o ministro paraguaio de Agricultura e Pecuária, Gustavo Ruiz Díaz, os técnicos foram enviados antes mesmo de a comunidade internacional ser avisada sobre a existência da doença no rebanho.
"Isso [o envio da missão ao Paraguai] aconteceu antes que eles [o Brasil] declarassem a existência de aftosa em seu território. Entraram, revisaram e não encontraram nada. Caso contrário, teriam denunciado", disse o ministro do país vizinho.
Em caso de comprovação de um foco, para evitar que a aftosa se alastre o Brasil precisa prontamente informar a OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), o Panaftosa (Centro Pan-Americano de Febre Aftosa) e os países vizinhos.
Técnicos do Ministério da Agricultura disseram à Folha Online que, após a comunicação do foco, o governo tentou negociar o envio de observadores brasileiros ao país, mas o pedido foi rejeitado.
O foco de aftosa foi encontrado na cidade sul-matogrossense de Eldorado, localizada a cerca de 50 km da fronteira com o Paraguai. Na semana passada, o governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, chegou a acusar o país vizinho de ter sido responsável pelo reaparecimento da doença no Brasil, sugerindo que focos de aftosa surgem sempre em zonas de fronteira.
Durante entrevista, o ministro paraguaio repudiou as acusações: "Foi uma jogada muito vil. (...) Eles [os brasileiros] são campeões em nos atribuir seus males", criticou.
O ministro afirmou que a chancelaria paraguaia vai decidir se apresenta um protesto formal ao governo brasileiro. Ele, no entanto, vai denunciar o país no comitê permanente criado pelo Mercosul para controlar a febre aftosa, que se reunirá em Montevidéu nesta quarta-feira.
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