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30/11/2005 - 13h08

Aliados e oposição vêem Palocci fragilizado com PIB negativo

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Senadores da base aliada ao governo e da oposição acreditam que o ministro Antonio Palocci (Fazenda) ficou mais frágil hoje com a divulgação de que a economia brasileira encolheu 1,2% no terceiro trimestre na comparação com o segundo.

Segundo o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), lembrou que Palocci já passa por uma situação complicada devido à série de denúncias contra ele durante sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP.

"O ministro [Palocci] não vai ter mais a segurança que tinha de dizer que a economia vai bem. Isso é muito ruim em um hora de crise", afirmou.
Segundo Suassuna, o governo se segurava na estabilidade econômica. "Quando a economia não vai bem, todos perdem o ânimo. Esse resultado serviu como um susto para a equipe econômica, que viu que não pode sufocar tanto a economia."

Neste ano, o Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em patamares elevados, só iniciando a trajetória de queda em setembro, quando índices como o IGP-M já acumulavam vários meses de deflação.

Além disso, o setor público obteve nos dez primeiros meses deste ano um superávit primário (receita menos despesas, excluídos os juros) R$ 12 bilhões superior à meta estipulada para 2005.

Essas medidas, bastante criticadas pela indústria e pelos sindicatos, levaram, segundo o próprio IBGE (órgão oficial de estatísticas), ao resultado negativo do PIB no terceiro trimestre.

Suassuna disse, no entanto, que o governo já está reagindo e que a primeira medida dessa reação é a liberação de recursos do Orçamento, que vai fazer com o dinheiro circule e reative a atividade econômica.

Por sua vez, o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), disse que ninguém gosta de ver a economia indo mal e de ver o país deixar de crescer, mas que Lula é que deve decidir sobre a permanência de Palocci.

"Na CPI, a oposição tem feito seu trabalho, mostrado as irregularidades e os problemas. A economia ia bem, agora não vai mais. Qualquer decisão cabe apenas ao presidente."

Já o líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN) , lamentou o resultado e disse que a economia brasileira tem que sair do debate entre crescimento e volta da inflação.

"Várias pessoas diziam que o câmbio a menos de R$ 3 prejudicaria as exportações. O câmbio está em torno R$ 2,20 e as exportações continuam batendo recordes. O governo precisa perder o medo."

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