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30/11/2005
-
16h23
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Os aliados do governo Lula no Congresso defendem a redução da taxa de juros para permitir que o país recupere o ritmo de crescimento no último trimestre do ano.
Eles, no entanto, não fizeram críticas diretas ao ministro Antonio Palocci (Fazenda), principal responsável pela política econôica que levou ao encolhimento de 1,2% na economia brasileira no terceiro trimestre.
"A elevada taxas de juros tem como conseqüência a retração da atividade econômica e dos investimentos", disse o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-PE).
Para ele, uma taxa de juro elevada representa um "desafio mais difícil" para o crescimento. A taxa de juros está hoje em 18,5% ao ano. Entre setembro do ano passado e maio deste ano, o Banco Central elevou a taxa por nove meses seguidos e ela chegou a 19,75% ao ano. Nas últimas três reuniões a taxa Selic sofreu cortes.
"Não creio que [a queda do PIB] vá continuar porque já há um processo de redução dos juros e creio que essa tendência tem um sentido permanente", avalia.
Para o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), "a queda no PIB é conseqüência da condução da ortodoxia da política econômica que levam a poucos investimentos".
No entanto, ele não acredita que o "fogo amigo" contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda) irá crescer. "Questionar a política econômica é um direto da oposição mas também dos aliados."
Ele pede mais audácia do governo na condução da política econômica.
"A política econômica errou na condução da taxa de juros e errou também, assim como o governo, no pouco nível do investimento", disse.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), viu como preocupação essa queda do PIB e quer que o Congresso colabore para a retomada do crescimento.
"A taxa de juros dificultou o crescimento econômico. É preciso encontrar um ambiente mais propício e o Congresso vai fazer a sua parte para destravar os investimentos", disse.
Para ele, o governo federal tem também feito uma economia muito elevada para o pagamento de juros --o superávit primário está em 5,97% do PIB até outubro, bem acima da meta de 4,25%.
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Eles, no entanto, não fizeram críticas diretas ao ministro Antonio Palocci (Fazenda), principal responsável pela política econôica que levou ao encolhimento de 1,2% na economia brasileira no terceiro trimestre.
"A elevada taxas de juros tem como conseqüência a retração da atividade econômica e dos investimentos", disse o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-PE).
Para ele, uma taxa de juro elevada representa um "desafio mais difícil" para o crescimento. A taxa de juros está hoje em 18,5% ao ano. Entre setembro do ano passado e maio deste ano, o Banco Central elevou a taxa por nove meses seguidos e ela chegou a 19,75% ao ano. Nas últimas três reuniões a taxa Selic sofreu cortes.
"Não creio que [a queda do PIB] vá continuar porque já há um processo de redução dos juros e creio que essa tendência tem um sentido permanente", avalia.
Para o líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), "a queda no PIB é conseqüência da condução da ortodoxia da política econômica que levam a poucos investimentos".
No entanto, ele não acredita que o "fogo amigo" contra o ministro Antonio Palocci (Fazenda) irá crescer. "Questionar a política econômica é um direto da oposição mas também dos aliados."
Ele pede mais audácia do governo na condução da política econômica.
"A política econômica errou na condução da taxa de juros e errou também, assim como o governo, no pouco nível do investimento", disse.
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