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06/12/2005
-
13h22
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Babilônia no Rio de Janeiro e em São Paulo para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de divisas. A operação resultou na prisão de oito pessoas, sete no Rio de Janeiro e uma em São Paulo.
Segundo a PF, o esquema foi montado pelo escritório Zalcberg Advogados, localizado no Rio de Janeiro. Chaim Enoch Zalcberg, o principal sócio, foi detido em casa, no Alto Leblon (zona Sul do Rio). De acordo com o delegado Algacir Mikalovski, ele seria o líder de uma quadrilha formada por advogados e empresários que está sob investigação desde o caso do propinoduto.
O escritório de advocacia oferecia aos clientes um modelo de blindagem patrimonial. Na prática, a operação significava a legalização de recursos de caixa dois. Orientados pelo escritório, os clientes abrem uma empresa limitada, geralmente do ramo imobiliário, o que gerou enorme crescimento do capital das empresas.
Depois de abertas as empresas limitadas, os advogados arrumavam um jeito de remeter recursos para o exterior por meio de supostos pagamentos de dívidas ou de empréstimos. No exterior, o escritório de advocacia criava empresas offshore, que recebiam os recursos. A título de investimento, as empresas offshore resolviam aplicar nas empresas limitadas.
A empresa offshore compra as empresas limitadas, dessa forma os bens dos clientes ficam oficialmente em nome da empresa estrangeira. Para as autoridades brasileiras, os clientes não possuem mais bens, ficando livres da fiscalização tributária. Os clientes recebem as ações ao portador das empresas offshore e assim ocultam seu real patrimônio.
Foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão. Foram presos Chaim Henoch Zalcberg (sócio), Alcindo de Azevedo Barboza (sócio), Shirley Andrade Santos (sócia), Taíssa Horovitz Balassimo (sócia), Adailton Guimarães (laranja), Manuel Ilidio Campos Barreiro (contador), Fabrício de Oliveira Silva (advogado) e Renato Bastos Rosa (laranja). O sócio do escritório Antonio Wanis Filho está foragido.
O nome dos clientes do escritório ainda não foi divulgado. Segundo a PF, esse será o próximo passo da investigação. Até agora a PF conseguiu identificar o esquema e a forma como o dinheiro regressava ao país.
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Segundo a PF, o esquema foi montado pelo escritório Zalcberg Advogados, localizado no Rio de Janeiro. Chaim Enoch Zalcberg, o principal sócio, foi detido em casa, no Alto Leblon (zona Sul do Rio). De acordo com o delegado Algacir Mikalovski, ele seria o líder de uma quadrilha formada por advogados e empresários que está sob investigação desde o caso do propinoduto.
O escritório de advocacia oferecia aos clientes um modelo de blindagem patrimonial. Na prática, a operação significava a legalização de recursos de caixa dois. Orientados pelo escritório, os clientes abrem uma empresa limitada, geralmente do ramo imobiliário, o que gerou enorme crescimento do capital das empresas.
Depois de abertas as empresas limitadas, os advogados arrumavam um jeito de remeter recursos para o exterior por meio de supostos pagamentos de dívidas ou de empréstimos. No exterior, o escritório de advocacia criava empresas offshore, que recebiam os recursos. A título de investimento, as empresas offshore resolviam aplicar nas empresas limitadas.
A empresa offshore compra as empresas limitadas, dessa forma os bens dos clientes ficam oficialmente em nome da empresa estrangeira. Para as autoridades brasileiras, os clientes não possuem mais bens, ficando livres da fiscalização tributária. Os clientes recebem as ações ao portador das empresas offshore e assim ocultam seu real patrimônio.
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