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22/12/2005
-
09h45
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Dados foram publicados ontem a respeito do desempenho de vendas natalinas e há análises díspares para os resultados. Números nacionais, porém, indicam um crescimento das vendas.
A razão da disparidade está no foco, na metodologia e na área coberta pelas pesquisas. A Serasa, empresa de análise de crédito, divulgou números que mostram uma elevação de 5,3% no volume de consultas de varejistas à entidade para liberar operações de venda dos dias 12 a 18.
Na Fecomercio SP, outro levantamento informa queda de 1% no faturamento real das lojas na capital paulista entre os dias 16 e 18 deste mês. A única pesquisa nacional que apura receita com vendas e volume físico comercializado no varejo é a realizada pelo IBGE mensalmente.
No caso da Serasa, a alta anunciada ontem refere-se ao volume de consultas que a entidade recebe de seus clientes varejistas. São 300 mil no país, incluindo serviço, indústria e comércio.
Aqueles da área de varejo acionam a instituição para verificar se uma compra a ser fechada na loja, naquele momento, é de um cliente adimplente ou não. Não é considerado nesse indicador, por exemplo, possível queda ou alta no montante de operações à vista (em dinheiro ou cartão de débito), que não necessitam de consulta do varejo.
A Serasa ainda informa que a sua análise é de território nacional. Quanto ao dado regionalizado, a empresa verificou alta de 2,4% no volume de consultas de lojas ao sistema da empresa na cidade de São Paulo --taxa menor que a apurada no país (5,3%).
Já no caso da Fecomercio, a análise é localizada na capital paulista. Não se trata de uma verificação de consultas, mas de respostas de comerciantes a um questionário. Fizeram parte da amostra 150 empresários, que apontaram para a queda de 1% no resultado de vendas de 16 a 18 de dezembro.
Pelo levantamento, as lojas de bens duráveis (eletrônicos, celulares) registraram queda de 1,5% e semiduráveis (calçados e roupas), retração de 0,8%.
Para a Fecomercio, a queda no faturamento é fruto da expansão muito lenta da renda real do brasileiro neste ano --cerca de 2% de janeiro a novembro-- e pela limitação na capacidade de endividamento da população.
A Serasa, por sua vez, justifica o resultado positivo de sua pesquisa baseando-se em fatores como o recebimento do 13º salário e a melhoria do emprego formal no ano.
Dados sobre o desempenho de vendas do varejo no país podem parecer, com freqüência, conflitantes. "É preciso ficar atento à metodologia e área analisada", diz Marcos Augusto de Abreu, coordenador da Serasa. "É necessário lembrar também que cada um usa termômetros diferentes, que pode ser o volume de vendas ou receita", diz Antonio Carlos Borges, diretor da Fecomercio.
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Dados foram publicados ontem a respeito do desempenho de vendas natalinas e há análises díspares para os resultados. Números nacionais, porém, indicam um crescimento das vendas.
A razão da disparidade está no foco, na metodologia e na área coberta pelas pesquisas. A Serasa, empresa de análise de crédito, divulgou números que mostram uma elevação de 5,3% no volume de consultas de varejistas à entidade para liberar operações de venda dos dias 12 a 18.
Na Fecomercio SP, outro levantamento informa queda de 1% no faturamento real das lojas na capital paulista entre os dias 16 e 18 deste mês. A única pesquisa nacional que apura receita com vendas e volume físico comercializado no varejo é a realizada pelo IBGE mensalmente.
No caso da Serasa, a alta anunciada ontem refere-se ao volume de consultas que a entidade recebe de seus clientes varejistas. São 300 mil no país, incluindo serviço, indústria e comércio.
Aqueles da área de varejo acionam a instituição para verificar se uma compra a ser fechada na loja, naquele momento, é de um cliente adimplente ou não. Não é considerado nesse indicador, por exemplo, possível queda ou alta no montante de operações à vista (em dinheiro ou cartão de débito), que não necessitam de consulta do varejo.
A Serasa ainda informa que a sua análise é de território nacional. Quanto ao dado regionalizado, a empresa verificou alta de 2,4% no volume de consultas de lojas ao sistema da empresa na cidade de São Paulo --taxa menor que a apurada no país (5,3%).
Já no caso da Fecomercio, a análise é localizada na capital paulista. Não se trata de uma verificação de consultas, mas de respostas de comerciantes a um questionário. Fizeram parte da amostra 150 empresários, que apontaram para a queda de 1% no resultado de vendas de 16 a 18 de dezembro.
Pelo levantamento, as lojas de bens duráveis (eletrônicos, celulares) registraram queda de 1,5% e semiduráveis (calçados e roupas), retração de 0,8%.
Para a Fecomercio, a queda no faturamento é fruto da expansão muito lenta da renda real do brasileiro neste ano --cerca de 2% de janeiro a novembro-- e pela limitação na capacidade de endividamento da população.
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