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22/12/2005
-
09h30
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O Banco Central avalia que a condução da política monetária tem sido adequada para garantir a convergência da inflação para a trajetória de metas e que ela não compromete as conquistas dos últimos meses, segundo a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada entre os dias 13 e 14 de dezembro, que reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) de 18,5% para 18% ao ano.
"A flexibilização gradual da política monetária não comprometerá as importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na preservação do crescimento econômico com geração de empregos e aumento de renda real", diz a ata.
A manutenção dos juros elevados durante o ano e a morosidade na redução das taxas tem gerado diversas críticas ao BC neste ano, que se intensificaram após a queda de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre.
O BC e os demais integrantes da equipe econômica chegaram a ser apontados como culpados pelo encolhimento da economia brasileira até mesmo por ministros e autoridades petistas.
Na ata, o Copom não faz comentários sobre a queda do PIB. Afirma apenas que os juros não comprometem o crescimento.
Com a retração, criou-se a expectativa de que o BC pudesse acelerar a queda nos juros. No entanto, assim como nas reuniões anteriores, o corte foi de 0,5 ponto percentual na reunião de dezembro.
O Copom prevê a recuperação e expansão da atividade econômica nos próximos meses, e acrescenta ainda que esse crescimento não deverá pressionar a inflação.
Para o BC, a atuação 'cautelosa' aumenta a probalidade da convergência da inflação para as metas e reduz a percepção de risco. Neste ano a meta de inflação é de 5,1%, medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE). Em 2006, o objetivo é 4,5%.
'A convergência ininterrupta da inflação para a trajetória de metas e a resultante consolidação de um cenário de estabilidade macroeconômica duradoura contribuirão para a manutenção do processo de redução progressiva da percepção de risco macroeconômico que vem ocorrendo nos últimos anos. O espaço para que observemos juros reais menores no futuro continuará se consolidando de forma natural como conseqüência dessa melhora de percepção', avalia.
No entanto, pelo segundo mês consecutivo, a projeção de inflação do BC está ficou acima da meta deste ano.
Ainda sobre a inflação, o Copom volta a afirmar que a elevação dos preços nos dois últimos meses é conseqüência do aumento nos preços dos combustíveis ocorrido em setembro. Em novembro, o IPCA foi de 0,55%, contra 0,75% no mês anterior.
'O Copom continuará acompanhando atentamente, nos próximos meses, a evolução da inflação e das diferentes medidas do seu núcleo, discriminando entre reajustes pontuais e reajustes persistentes ou generalizados de preços e adequando prontamente a postura da política monetária às circunstâncias, de forma a assegurar que os ganhos obtidos no combate à inflação até o momento sejam permanentes.'
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da Folha Online, em Brasília
O Banco Central avalia que a condução da política monetária tem sido adequada para garantir a convergência da inflação para a trajetória de metas e que ela não compromete as conquistas dos últimos meses, segundo a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada entre os dias 13 e 14 de dezembro, que reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) de 18,5% para 18% ao ano.
"A flexibilização gradual da política monetária não comprometerá as importantes conquistas obtidas no combate à inflação e na preservação do crescimento econômico com geração de empregos e aumento de renda real", diz a ata.
A manutenção dos juros elevados durante o ano e a morosidade na redução das taxas tem gerado diversas críticas ao BC neste ano, que se intensificaram após a queda de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre.
O BC e os demais integrantes da equipe econômica chegaram a ser apontados como culpados pelo encolhimento da economia brasileira até mesmo por ministros e autoridades petistas.
Na ata, o Copom não faz comentários sobre a queda do PIB. Afirma apenas que os juros não comprometem o crescimento.
Com a retração, criou-se a expectativa de que o BC pudesse acelerar a queda nos juros. No entanto, assim como nas reuniões anteriores, o corte foi de 0,5 ponto percentual na reunião de dezembro.
O Copom prevê a recuperação e expansão da atividade econômica nos próximos meses, e acrescenta ainda que esse crescimento não deverá pressionar a inflação.
Para o BC, a atuação 'cautelosa' aumenta a probalidade da convergência da inflação para as metas e reduz a percepção de risco. Neste ano a meta de inflação é de 5,1%, medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE). Em 2006, o objetivo é 4,5%.
'A convergência ininterrupta da inflação para a trajetória de metas e a resultante consolidação de um cenário de estabilidade macroeconômica duradoura contribuirão para a manutenção do processo de redução progressiva da percepção de risco macroeconômico que vem ocorrendo nos últimos anos. O espaço para que observemos juros reais menores no futuro continuará se consolidando de forma natural como conseqüência dessa melhora de percepção', avalia.
No entanto, pelo segundo mês consecutivo, a projeção de inflação do BC está ficou acima da meta deste ano.
Ainda sobre a inflação, o Copom volta a afirmar que a elevação dos preços nos dois últimos meses é conseqüência do aumento nos preços dos combustíveis ocorrido em setembro. Em novembro, o IPCA foi de 0,55%, contra 0,75% no mês anterior.
'O Copom continuará acompanhando atentamente, nos próximos meses, a evolução da inflação e das diferentes medidas do seu núcleo, discriminando entre reajustes pontuais e reajustes persistentes ou generalizados de preços e adequando prontamente a postura da política monetária às circunstâncias, de forma a assegurar que os ganhos obtidos no combate à inflação até o momento sejam permanentes.'
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