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22/02/2006
-
20h13
PATRICIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O adiamento da conversão de pulso para minuto nas ligações locais entre de telefones fixos por até um ano deverá prejudicar 39% dos clientes da Telefônica.
Segundo estimativas da empresa, esses clientes teriam redução do valor das contas mensais a partir da cobrança por minuto. A medida irá beneficiar, entretanto, 24% dos clientes (21% que teriam a conta elevada em aproximadamente 5%, e 3% em que o aumento seria superior a isso). Os 37% restantes não teriam redução nem elevação das contas, pois o seu consumo estaria dentro do limite da franquia contida na assinatura básica (de 100 pulsos, ou 200 minutos).
O presidente da empresa, Fernando Xavier, destacou que a conversão de pulso para minuto beneficiaria a grande maioria dos clientes, mas reconheceu que o problema específico dos usuários de internet por meio de conexão discada merece atenção especial, já que o custo da conexão ficará mais alto, pois as ligações duram mais tempo do que a média das chamadas de voz.
"Como concessionários de serviço público, estamos sujeitos ao entendimento que o poder concedente tenha dos regulamentos, desde que não se quebre o equilíbrio econômico-financeiro do contrato", disse.
Como solução para os usuários de internet, a Telefônica, e também outras concessionárias de telefonia fixa, já oferecem planos alternativos de acesso por tempo ilimitado. No caso da Telefônica, esse serviço custa R$ 29,90 com impostos. Mas esse valor é cobrado à parte, sem relação com a assinatura básica.
Ao comentar a possibilidade de uma tarifa única para acesso ilimitado hoje, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, falou que o governo estaria estudando um plano de serviço com preço entre R$ 12 e R$ 15. Essa, assim como outras propostas serão discutidas após o Carnaval, quando o governo chamará as empresas para debater o assunto.
Questionado sobre a proposta levantada pelo ministro de ampliar o horário em que é cobrada uma tarifa por chamada da meia-noite para as 21h, Xavier disse que não teria condições de avaliar a proposta porque precisaria fazer um estudo detalhado sobre o assunto.
Ele considerou, no entanto, que alternativas ainda melhores que o plano alternativo ofertado hoje poderão surgir, mas que o "importante é preservar o equilíbrio econômico-financeiro" das concessões. "Vamos ver as idéias, as propostas que o governo tem", completou o presidente da telefônica, ao reconhecer a preocupação com os usuários de internet como "válida".
Segundo Xavier, além de corresponder a uma tarifa mais justa e proporcional para o usuário, a cobrança por minuto permite uma transparência maior na relação entre a empresa prestadora do serviço e o cliente.
"A notícia boa é que o governo não pretende eliminar a mudança, simplesmente, porque é benéfica no nosso entender para a sociedade em geral", avaliou.
Do ponto de vista das empresas, a mudança deverá ser indiferente, já que no cálculo da conversão as receitas das concessionárias foram mantidas.
A Telemar e a Brasil Telecom não comentaram a decisão do governo.
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Adiamento de pulso para minuto deve prejudicar 39% dos clientes da Telefônica
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da Folha Online, em Brasília
O adiamento da conversão de pulso para minuto nas ligações locais entre de telefones fixos por até um ano deverá prejudicar 39% dos clientes da Telefônica.
Segundo estimativas da empresa, esses clientes teriam redução do valor das contas mensais a partir da cobrança por minuto. A medida irá beneficiar, entretanto, 24% dos clientes (21% que teriam a conta elevada em aproximadamente 5%, e 3% em que o aumento seria superior a isso). Os 37% restantes não teriam redução nem elevação das contas, pois o seu consumo estaria dentro do limite da franquia contida na assinatura básica (de 100 pulsos, ou 200 minutos).
O presidente da empresa, Fernando Xavier, destacou que a conversão de pulso para minuto beneficiaria a grande maioria dos clientes, mas reconheceu que o problema específico dos usuários de internet por meio de conexão discada merece atenção especial, já que o custo da conexão ficará mais alto, pois as ligações duram mais tempo do que a média das chamadas de voz.
"Como concessionários de serviço público, estamos sujeitos ao entendimento que o poder concedente tenha dos regulamentos, desde que não se quebre o equilíbrio econômico-financeiro do contrato", disse.
Como solução para os usuários de internet, a Telefônica, e também outras concessionárias de telefonia fixa, já oferecem planos alternativos de acesso por tempo ilimitado. No caso da Telefônica, esse serviço custa R$ 29,90 com impostos. Mas esse valor é cobrado à parte, sem relação com a assinatura básica.
Ao comentar a possibilidade de uma tarifa única para acesso ilimitado hoje, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, falou que o governo estaria estudando um plano de serviço com preço entre R$ 12 e R$ 15. Essa, assim como outras propostas serão discutidas após o Carnaval, quando o governo chamará as empresas para debater o assunto.
Questionado sobre a proposta levantada pelo ministro de ampliar o horário em que é cobrada uma tarifa por chamada da meia-noite para as 21h, Xavier disse que não teria condições de avaliar a proposta porque precisaria fazer um estudo detalhado sobre o assunto.
Ele considerou, no entanto, que alternativas ainda melhores que o plano alternativo ofertado hoje poderão surgir, mas que o "importante é preservar o equilíbrio econômico-financeiro" das concessões. "Vamos ver as idéias, as propostas que o governo tem", completou o presidente da telefônica, ao reconhecer a preocupação com os usuários de internet como "válida".
Segundo Xavier, além de corresponder a uma tarifa mais justa e proporcional para o usuário, a cobrança por minuto permite uma transparência maior na relação entre a empresa prestadora do serviço e o cliente.
"A notícia boa é que o governo não pretende eliminar a mudança, simplesmente, porque é benéfica no nosso entender para a sociedade em geral", avaliou.
Do ponto de vista das empresas, a mudança deverá ser indiferente, já que no cálculo da conversão as receitas das concessionárias foram mantidas.
A Telemar e a Brasil Telecom não comentaram a decisão do governo.
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