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06/04/2006
-
09h05
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
É azar sobre azar. Na hipótese de falência da Varig, um dos principais atingidos será a Interunion Capitalização, em que estão 11 mil pequenos credores do Papa-Tudo, o sorteio televisivo criado no início dos anos 90 pelo ex-banqueiro Arthur Falk e que tinha a apresentadora Xuxa como garota-propaganda.
A Interunion, dona da marca Papa-Tudo, é a segunda maior acionista da Varig, com 7,6% das ações com direito a voto. A empresa entrou em liquidação extrajudicial em 1998, porque não tinha reservas suficientes para garantir o resgate dos títulos de capitalização adquiridos pelos apostadores, conforme determina a legislação.
Quando aconteceu a liquidação, as ações da Varig estavam avaliadas em R$ 30 milhões e respondiam por cerca de um quarto do patrimônio da Interunion Capitalização.
Com a crise da companhia aérea, o liquidante baixou a avaliação dos papéis para R$ 6 milhões. Se a ameaça de falência se confirmar, as ações virarão "pó", segundo o jargão usado pelo mercado de capitais, e não valerão mais nada.
Os interventores designados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) sustentam que haverá patrimônio suficiente para pagar aos credores, ainda que as ações da Varig virem "pó".
O patrimônio atual da Interunion, segundo eles, soma cerca de R$ 130 milhões, ao passo que o crédito dos 11 mil detentores de títulos de capitalização está em cerca de R$ 27 milhões. Mas há grandes débitos tributários, os quais têm preferência de pagamento, que estão sendo discutidos judicialmente.
Amarras
Na condição de segundo maior acionista da Varig, os interventores da Interunion participam das assembléias e acompanham a longa agonia da aérea. Mesmo assim, eles afirmam ter esperança de que apareça um comprador.
O ideal para os credores da Interunion, de acordo com os interventores, teria sido a venda das ações da Varig, antes da desvalorização.
No entanto, a lei só admite a venda de bens de empresa em regime de liquidação extrajudicial depois que o quadro definitivo de credores é publicado, o que, no caso da Interunion, ainda não aconteceu.
A publicação está prevista para o final deste semestre.
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A Interunion, dona da marca Papa-Tudo, é a segunda maior acionista da Varig, com 7,6% das ações com direito a voto. A empresa entrou em liquidação extrajudicial em 1998, porque não tinha reservas suficientes para garantir o resgate dos títulos de capitalização adquiridos pelos apostadores, conforme determina a legislação.
Quando aconteceu a liquidação, as ações da Varig estavam avaliadas em R$ 30 milhões e respondiam por cerca de um quarto do patrimônio da Interunion Capitalização.
Com a crise da companhia aérea, o liquidante baixou a avaliação dos papéis para R$ 6 milhões. Se a ameaça de falência se confirmar, as ações virarão "pó", segundo o jargão usado pelo mercado de capitais, e não valerão mais nada.
Os interventores designados pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) sustentam que haverá patrimônio suficiente para pagar aos credores, ainda que as ações da Varig virem "pó".
O patrimônio atual da Interunion, segundo eles, soma cerca de R$ 130 milhões, ao passo que o crédito dos 11 mil detentores de títulos de capitalização está em cerca de R$ 27 milhões. Mas há grandes débitos tributários, os quais têm preferência de pagamento, que estão sendo discutidos judicialmente.
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