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10/04/2006 - 08h04

SP e Rio concentram participação de pessoa física na Bovespa

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IVONE PORTES
da Folha Online

O grande desafio da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) atualmente é aumentar a participação de investidores pessoa física neste mercado fora do eixo São Paulo-Rio.

A Bovespa tem conseguido atrair cada vez mais os pequenos investidores desde a implantação do programa de popularização do mercado de ações, em 2001, mas São Paulo e Rio de Janeiro ainda concentram as negociações de pessoas físicas.

No mês passado, a participação de pessoas físicas na Bolsa paulista superou a dos investidores institucionais --o que não acontecia desde setembro de 2005. Em março, os investidores individuais foram responsáveis por 25,7% do movimento financeiro no mercado acionário, atrás somente dos estrangeiros, com 37,8%. Os investidores institucionais responderam por uma fatia de 24,9%.

Entretanto, dos 171.762 pequenos investidores cadastrados na Bovespa no mês passado, 52,41% eram de São Paulo e 26,24% do Rio de Janeiro. O Estado de Minas Gerais aparece com participação de 5,04%, seguido pelo Rio Grande do Sul (4,87%), Paraná (2,45%) e Santa Catarina (2,37%). Nos demais Estados do país, os percentuais são inferiores a 2%.

"Antigamente tinham várias Bolsas no país. Hoje estão praticamente todas unidas à de São Paulo. Por isso estamos desenvolvendo um grande projeto de ampliação geográfica. Precisamos aumentar a participação de investidores de outros Estados no mercado", afirmou o presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho.

Um dos meios utilizados pela Bovespa para se aproximar dos pequenos investidores é o "Bovmóvel" --o escritório itinerante da Bolsa. Segundo Magliano, sete unidades já estão espalhadas pelo país.

Já o projeto de expansão geográfica, segundo ele, prevê a implantação de filiais das corretoras ou contratação de agentes autônomos em diversas regiões do país. "Nossa idéia é que as corretoras se desenvolvam para propagar o mercado de capitais."

Homens no mercado

O sexo masculino também ainda é maioria entre os investidores individuais que aplicam no mercado acionário. Segundo levantamento da Bovespa, em março, dos 171.762 investidores individuais cadastrados na Bolsa, 78,82% eram homens e apenas 21,18%, mulheres.

Magliano ressalta que a Bovespa já vem desenvolvendo diversos programas para mudar esse perfil. Um deles é o "Mulheres em Ação", módulo feminino da campanha de popularização "Bovespa vai até você" que visa aproximar este público do mercado de ações, fornecendo educação financeira e esclarecimentos sobre o tema.

Segundo o presidente da Bolsa paulista, as mulheres demoram mais para tomar uma decisão de investimento, mas são "mais fiéis ao mercado". "Elas têm uma visão de longo prazo muito mais consistente do que o homem."

Ele acrescentou que dos clubes de investimentos constituídos nos últimos dois anos, 50% já são compostos basicamente por mulheres. "Essa é uma mudança de perfil muito importante."

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