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11/04/2006
-
16h29
da Folha Online
A desconfiança dos passageiros em relação a uma possível paralisação da Varig já tem efeitos até mesmo no mercado negro de venda de milhagens.
Apesar de o regulamento do programa Smiles proibir "qualquer tipo de comercialização de milhas (...) sob pena de serem tomadas as medidas judiciais cabíveis", é bastante fácil encontrar milhas à venda na internet.
A Folha Online enviou um e-mail para pessoas que comercializam milhas pela internet. Por 20 mil milhas, por exemplo, um comprador virtual ofereceu R$ 620 pelos pontos da TAM e apenas R$ 300 para a Varig.
No caso de vendas de passagens, também há deságio. No site de leilões MercadoLivre, por exemplo, um mesmo vendedor colocou à venda 10 mil milhas da Varig por um lance mínimo de R$ 350. A mesma quantidade de milhas da TAM sai por ao menos R$ 490.
No comércio de milhas, o vendedor recebe o dinheiro e depois emite a passagem no nome do comprador. Taxas de embarque e outras despesas não estão inclusas.
Os preços mais baixos pagos pelas milhas da Varig refletem a desconfiança dos usuários sobre a longa continuidade das operações da empresa.
O próprio presidente da Varig, Marcelo Bottini, disse que a empresa não vai parar de voar, mas admitiu que o caixa é "limitado".
Após a falência de Vasp e Transbrasil e com a resistência do governo em ajudar a Varig, os passageiros temem perder suas milhas em caso de paralisação da empresa.
Funcionários da companhia aérea tentam pressionar o governo hoje em uma marcha realizada em Brasília, Além disso, houve manifestações em aeroportos de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Bottini pediu na semana passada a fornecedores uma linha de crédito de US$ 200 milhões para a empresa. Estatais como a Infraero (que administra aeroportos) e a BR Distribuidora (que fornece combustíveis) entrariam com US$ 70 milhões.
Bottini também afirmou que vai negociar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) empréstimos para a empresa. O ministro Guido Mantega (Fazenda), ex-presidente do banco, afirmou, no entanto, que 'não é papel do governo socorrer' a companhia.
Outra tentativa da Varig, que previa fazer um acordo de compartilhamento de vôos com a OceanAir, foi vetada ontem à noite pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Já a proposta apresentada pela VarigLog, sua ex-subsidiária de transporte de cargas, não foi bem-vista pelos credores e trabalhadores da empresa.
A proposta ainda poderá ser aprovada, mas trabalhadores criticaram a previsão de demissão de mais de 5.000 funcionários que faz parte do plano.
Já os credores mostraram-se insatisfeitos porque a empresa seria dividida em duas: a nova e a velha Varig. Da nova Varig, que ficaria com a parte boa da empresa, os credores teriam uma participação de apenas 5%.
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Apesar de o regulamento do programa Smiles proibir "qualquer tipo de comercialização de milhas (...) sob pena de serem tomadas as medidas judiciais cabíveis", é bastante fácil encontrar milhas à venda na internet.
A Folha Online enviou um e-mail para pessoas que comercializam milhas pela internet. Por 20 mil milhas, por exemplo, um comprador virtual ofereceu R$ 620 pelos pontos da TAM e apenas R$ 300 para a Varig.
No caso de vendas de passagens, também há deságio. No site de leilões MercadoLivre, por exemplo, um mesmo vendedor colocou à venda 10 mil milhas da Varig por um lance mínimo de R$ 350. A mesma quantidade de milhas da TAM sai por ao menos R$ 490.
No comércio de milhas, o vendedor recebe o dinheiro e depois emite a passagem no nome do comprador. Taxas de embarque e outras despesas não estão inclusas.
Os preços mais baixos pagos pelas milhas da Varig refletem a desconfiança dos usuários sobre a longa continuidade das operações da empresa.
O próprio presidente da Varig, Marcelo Bottini, disse que a empresa não vai parar de voar, mas admitiu que o caixa é "limitado".
Após a falência de Vasp e Transbrasil e com a resistência do governo em ajudar a Varig, os passageiros temem perder suas milhas em caso de paralisação da empresa.
Funcionários da companhia aérea tentam pressionar o governo hoje em uma marcha realizada em Brasília, Além disso, houve manifestações em aeroportos de São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Bottini pediu na semana passada a fornecedores uma linha de crédito de US$ 200 milhões para a empresa. Estatais como a Infraero (que administra aeroportos) e a BR Distribuidora (que fornece combustíveis) entrariam com US$ 70 milhões.
Bottini também afirmou que vai negociar com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) empréstimos para a empresa. O ministro Guido Mantega (Fazenda), ex-presidente do banco, afirmou, no entanto, que 'não é papel do governo socorrer' a companhia.
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