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19/04/2006 - 11h41

Preços ao consumidor nos EUA sobem 0,4% em março

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

O CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) nos EUA registrou aumento de 0,4% em março, maior desde janeiro, quando subiu 0,7%. O aumento também foi expressivo se comparado ao índice de fevereiro, que subiu apenas 0,1%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

O fator que mais impulsionou a alta da inflação no mês passado foi o preço da gasolina, que aumentou em 3,6% no país. A gasolina também foi a responsável pelo aumento da inflação no atacado: o PPI (índice de preços no atacado, na sigla em inglês), divulgado ontem, teve uma alta de 0,5% no mês passado, refletindo o aumento de 9,1% da gasolina.

O núcleo da inflação (que exclui os preços de alimentos e energia) teve alta de 0,3% no mês passado, maior aumento mensal no núcleo de preços ao consumidor no país desde março de 2005, quando foi registrada a mesma variação. No primeiro trimestre deste ano, o núcleo acumulou alta anualizada de 2,8%, acima dos 2,2% registrado para todo o ano passado.

Analistas alertaram para o fato de que a alta de preços da energia pode estar começando a pressionar outros setores.

O petróleo atingiu ontem o recorde para um fechamento em Nova York, US$ 71,35, e o galão de gasolina em algumas regiões dos EUA já se aproxima dos US$ 3 e, com a tendência de que o petróleo possa vir a subir mais no médio prazo, as pressões inflacionárias no país podem aumentar.

No primeiro trimestre do ano, a inflação teve uma alta anualizada de 4,3% (muito acima do registrado para todo o ano de 2005, 3,4%). Os preços da energia registraram a alta anualizada de 21,8% em março, contra 17,1% em 2005.

Energia e alimentos

Os preços da energia no país subiram 1,3% no mês passado, contra uma queda de 1,2% em fevereiro.

Além do aumento de 3,6% da gasolina, a eletricidade também teve alta (embora inferior), de 0,5%. Os preços do gás natural, no entanto, caíram 4,3% e os do combustível pára calefação, 0,3%.

Os preços dos alimentos tiveram alta de 0,1% no mês passado, com as quedas nos preços de frutas, verduras e legumes.

O setor de vestuário teve alta de 1%, maior registrado nos últimos sete anos. Os aluguéis também subiram, 0,4%, enquanto os preços de diárias de hotéis subiram 0,8%

Os preços dos carros novos caíram 0,1%, e os das passagens aéreas subiram 1,1%, com a tentativa das empresas aéreas de recuperar sua lucratividade, afetada pelos altos custos dos combustíveis, através do aumento das passagens.

Inflação e Fed

Altas da inflação são recebidas com apreensão por economistas e investidores, porque podem indicar que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) venha a continuar com sua política de aumento de juros, iniciada em junho de 2004. A taxa de juros do banco subiu de 1% à época para os atuais 4,75%.

Na ata da reunião de política monetária de março, divulgada ontem, o banco, no entanto, informou que "o fim do processo de aperto monetário provavelmente está próximo" e que membros do comitê de política monetária se preocupam com o efeito negativo que um aperto monetário muito forte possa ter sobre a economia.

Juros altos encarecem o crédito, o que retrai os gastos dos consumidores e desestimula investimentos em produção. Na reunião, o nível do núcleo da inflação no país foi considerado moderado pelos membros do comitê.

O comitê elevou a taxa de juros do Fed 15 vezes consecutivas desde junho de 2004, quando estava em 1% ao ano. Para conter as pressões inflacionárias sobre a economia, que começava a ganhar velocidade, o banco passou a elevar os juros em 0,25 ponto percentual a cada reunião, até chegar nos atuais 4,75% ao ano.

A expectativa é de que o comitê eleve a taxa para 5% ao ano e depois interrompa o ciclo de altas por algum tempo.

Com agências internacionais

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