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03/05/2006
-
09h49
FABIANO MAISONNAVE
JORGE ARAÚJO
da Folha de S.Paulo, em Santa Cruz de la Sierra
Apesar do clima de incerteza e da já reduzida ocupação militar, as empresas petroleiras sediadas em Santa Cruz funcionaram normalmente no primeiro dia útil após o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos. Nas duas refinarias da Petrobras afetadas pelo decreto, dois funcionários se apresentaram como "co-administradores" e passaram o dia nas instalações.
A assinatura do decreto, realizada anteontem pelo presidente Evo Morales, foi acompanhada da ocupação militar de 56 instalações pertencentes a empresas da área de hidrocarbonetos em todo o país, entre as quais campos de exploração, refinarias e até o escritório central da Petrobras, localizado em Santa Cruz, onde está sediada a maior parte das companhias do setor.
A reportagem da Folha esteve em três locais com presença militar. Na refinaria da Petrobras em Santa Cruz, Guillermo Elder Bell, a maior do país, os trabalhadores entravam e saíam de seus turnos sem serem abordados pela ocupação militar. Pelo decreto de anteontem, o controle acionário dessa planta e da outra refinaria da Petrobras, em Cochabamaba, passará ao Estado boliviano.
A essas duas refinarias foram funcionários da YPFB e solicitaram um local de trabalho para se instalarem, informou a assessoria de imprensa da Petrobras Bolívia.
Os 45 soldados do Exército, armados com fuzis, metralhadoras e lança-bombas, estavam todos na entrada principal, mas não faziam nenhuma ação de vistoria de veículos ou de pessoas que entravam na refinaria. Apesar do clima de tranqüilidade, nem funcionários da refinaria nem militares davam informações à imprensa.
No escritório central da Petrobras, dez policiais cuidavam da segurança externa --anteontem, o número havia sido de 30. A mesma redução ocorreu na empresa Transredes, que também deverá passar ao controle do Estado. Havia no local 7 soldados, contra 60 no dia anterior.
Funcionários da Petrobras e da Transredes que não quiseram se identificar disseram que a presença de agentes de segurança não alterou a rotina e que a ação teve mais efeito midiático.
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Com ocupação militar já reduzida, petroleiras funcionam normalmente
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JORGE ARAÚJO
da Folha de S.Paulo, em Santa Cruz de la Sierra
Apesar do clima de incerteza e da já reduzida ocupação militar, as empresas petroleiras sediadas em Santa Cruz funcionaram normalmente no primeiro dia útil após o decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos. Nas duas refinarias da Petrobras afetadas pelo decreto, dois funcionários se apresentaram como "co-administradores" e passaram o dia nas instalações.
A assinatura do decreto, realizada anteontem pelo presidente Evo Morales, foi acompanhada da ocupação militar de 56 instalações pertencentes a empresas da área de hidrocarbonetos em todo o país, entre as quais campos de exploração, refinarias e até o escritório central da Petrobras, localizado em Santa Cruz, onde está sediada a maior parte das companhias do setor.
A reportagem da Folha esteve em três locais com presença militar. Na refinaria da Petrobras em Santa Cruz, Guillermo Elder Bell, a maior do país, os trabalhadores entravam e saíam de seus turnos sem serem abordados pela ocupação militar. Pelo decreto de anteontem, o controle acionário dessa planta e da outra refinaria da Petrobras, em Cochabamaba, passará ao Estado boliviano.
A essas duas refinarias foram funcionários da YPFB e solicitaram um local de trabalho para se instalarem, informou a assessoria de imprensa da Petrobras Bolívia.
Os 45 soldados do Exército, armados com fuzis, metralhadoras e lança-bombas, estavam todos na entrada principal, mas não faziam nenhuma ação de vistoria de veículos ou de pessoas que entravam na refinaria. Apesar do clima de tranqüilidade, nem funcionários da refinaria nem militares davam informações à imprensa.
No escritório central da Petrobras, dez policiais cuidavam da segurança externa --anteontem, o número havia sido de 30. A mesma redução ocorreu na empresa Transredes, que também deverá passar ao controle do Estado. Havia no local 7 soldados, contra 60 no dia anterior.
Funcionários da Petrobras e da Transredes que não quiseram se identificar disseram que a presença de agentes de segurança não alterou a rotina e que a ação teve mais efeito midiático.
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