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03/05/2006
-
11h39
da Folha Online
O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, disse nesta quarta-feira que a situação criada na Bolívia, após a nacionalização das reservas de gás natural e petróleo do país decretada pelo presidente boliviano, Evo Morales, é um "problema pontual" com o qual o governo espanhol irá lidar mediante um "esforço político e diplomático".
Zapatero disse, segundo o diário espanhol "El País", que a situação não irá afetar a ajuda oficial da Espanha à Bolívia e que, mesmo que a decisão de Morales possa colocar problemas, não é preciso pressa, pois o decreto de nacionalização na Bolívia dá um prazo de 180 dias para negociar.
Zapatero confirmou que conversou sobre o tema ontem com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e disse que não descarta uma conversa também com Morales.
Hoje também o secretário de Estado de Assuntos Exteriores, Bernardino León, informou que o governo espanhol deve enviar nos próximos dias uma delegação de técnicos e políticos à Bolívia para analisar o processo de nacionalização das reservas de hidrocarbonetos.
O acordo foi feito através de uma conversa telefônica entre o ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, e o presidente boliviano, Evo Morales.
O presidente boliviano assinou na segunda-feira (1º) um decreto com o qual nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos do país. Forças militares bolivianas ocuparam campos de gás e refinarias no país, incluindo instalações da Petrobras e da Andina, subsidiária da espanhola Repsol YPF na Bolívia.
Pelo decreto, as empresas têm 180 dias para se adequarem às novas regras para o setor de hidrocarbonetos ou deixarem o país. León disse que 'há uma margem' para resolver questões nesse prazo e acrescentou que 'aí é que o governo [espanhol] deve atuar com a maior firmeza'.
'O que sabemos não parece bom, mas esperamos que o processo possa permitir às empresas permanecerem na Bolívia de modo razoável', disse León, e acrescentou que a decisão boliviana criou um 'panorama de certa confusão' ao adotar 'formas que não são adequadas' aos investidores internacionais.
O secretário disse ainda que Zapatero tem mantido contatos 'do mais alto nível desde o primeiro momento' com os governos do Brasil, da Argentina e da Venezuela, e que acompanha com atenção todos os desdobramentos do caso.
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O primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, disse nesta quarta-feira que a situação criada na Bolívia, após a nacionalização das reservas de gás natural e petróleo do país decretada pelo presidente boliviano, Evo Morales, é um "problema pontual" com o qual o governo espanhol irá lidar mediante um "esforço político e diplomático".
Zapatero disse, segundo o diário espanhol "El País", que a situação não irá afetar a ajuda oficial da Espanha à Bolívia e que, mesmo que a decisão de Morales possa colocar problemas, não é preciso pressa, pois o decreto de nacionalização na Bolívia dá um prazo de 180 dias para negociar.
Zapatero confirmou que conversou sobre o tema ontem com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, e disse que não descarta uma conversa também com Morales.
Hoje também o secretário de Estado de Assuntos Exteriores, Bernardino León, informou que o governo espanhol deve enviar nos próximos dias uma delegação de técnicos e políticos à Bolívia para analisar o processo de nacionalização das reservas de hidrocarbonetos.
O acordo foi feito através de uma conversa telefônica entre o ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, e o presidente boliviano, Evo Morales.
O presidente boliviano assinou na segunda-feira (1º) um decreto com o qual nacionalizou as reservas de hidrocarbonetos do país. Forças militares bolivianas ocuparam campos de gás e refinarias no país, incluindo instalações da Petrobras e da Andina, subsidiária da espanhola Repsol YPF na Bolívia.
Pelo decreto, as empresas têm 180 dias para se adequarem às novas regras para o setor de hidrocarbonetos ou deixarem o país. León disse que 'há uma margem' para resolver questões nesse prazo e acrescentou que 'aí é que o governo [espanhol] deve atuar com a maior firmeza'.
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