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04/05/2006
-
09h45
HUDSON CORRÊA
da Folha de S.Paulo, em Arroyo Concepción
Bolivianos favoráveis e contrários ao fechamento de fronteira com o Brasil entraram em confronto ontem à noite em Arroyo Concepción --cidade vizinha a Corumbá (MS). O bloqueio na fronteira ocorria em favor da siderúrgica brasileira EBX, que o presidente boliviano, Evo Morales, mandou expulsar do país.
Um grupo atirou pedras. O outro fez o mesmo e ainda jogou fogos de artifícios, que funcionaram como bombas, nos rivais. A situação mostrou a rivalidade entre os grupos étnicos camba e colla.
A fronteira estava bloqueada com um caminhão e dois montes de areia desde sexta-feira em protesto contra a expulsão da EBX.
Um grupo de 200 comerciantes de Arroyo Concepción --da etnia colla-- chegou à noite ao local do fechamento na ponte, sobre um córrego, que dá acesso ao Brasil e expulsaram cerca de 50 manifestantes do Comitê Cívico, que pertencem à etnia camba.
Em minoria, os manifestantes recuaram para o lado brasileiro. A polícia boliviana interveio para evitar confronto, mas começou a troca de pedradas e ofensas.
"Nós abrimos as portas para esse povo [o colla] se assentar aqui. Isso é o que queria o presidente Evo [Morales]: que nós nos enfrentássemos, cambas e collas. Pois eu, como cívica e camba, não vou desistir da luta", afirmou chorando Esperanza Padilha, presidente do Comitê Cívico.
Do lado boliviano, os comerciantes removeram o caminhão e retiraram com pás a areia, liberando a passagem. Entretanto, ficaram concentrados no local para evitar o retorno dos manifestantes. Até as 22h, os grupos permaneciam na mesma posição.
O comandante nacional da polícia boliviana, general Isaac Pimentel, acusou policiais brasileiros de invadirem território da Bolívia na região de Puerto Suárez, onde houve conflitos ontem em razão da expulsão da EBX.
Segundo Pimentel, imagens de TV mostram dois policiais acompanhando manifestantes em território boliviano. Pimentel pediu intervenção do Ministério das Relações Exteriores.
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Bolivianos se enfrentam na fronteira
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da Folha de S.Paulo, em Arroyo Concepción
Bolivianos favoráveis e contrários ao fechamento de fronteira com o Brasil entraram em confronto ontem à noite em Arroyo Concepción --cidade vizinha a Corumbá (MS). O bloqueio na fronteira ocorria em favor da siderúrgica brasileira EBX, que o presidente boliviano, Evo Morales, mandou expulsar do país.
Um grupo atirou pedras. O outro fez o mesmo e ainda jogou fogos de artifícios, que funcionaram como bombas, nos rivais. A situação mostrou a rivalidade entre os grupos étnicos camba e colla.
A fronteira estava bloqueada com um caminhão e dois montes de areia desde sexta-feira em protesto contra a expulsão da EBX.
Um grupo de 200 comerciantes de Arroyo Concepción --da etnia colla-- chegou à noite ao local do fechamento na ponte, sobre um córrego, que dá acesso ao Brasil e expulsaram cerca de 50 manifestantes do Comitê Cívico, que pertencem à etnia camba.
Em minoria, os manifestantes recuaram para o lado brasileiro. A polícia boliviana interveio para evitar confronto, mas começou a troca de pedradas e ofensas.
"Nós abrimos as portas para esse povo [o colla] se assentar aqui. Isso é o que queria o presidente Evo [Morales]: que nós nos enfrentássemos, cambas e collas. Pois eu, como cívica e camba, não vou desistir da luta", afirmou chorando Esperanza Padilha, presidente do Comitê Cívico.
Do lado boliviano, os comerciantes removeram o caminhão e retiraram com pás a areia, liberando a passagem. Entretanto, ficaram concentrados no local para evitar o retorno dos manifestantes. Até as 22h, os grupos permaneciam na mesma posição.
O comandante nacional da polícia boliviana, general Isaac Pimentel, acusou policiais brasileiros de invadirem território da Bolívia na região de Puerto Suárez, onde houve conflitos ontem em razão da expulsão da EBX.
Segundo Pimentel, imagens de TV mostram dois policiais acompanhando manifestantes em território boliviano. Pimentel pediu intervenção do Ministério das Relações Exteriores.
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