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21/06/2006 - 10h22

Sem aviões, Varig decide parar de voar para 11 cidades no exterior

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da Folha Online

A Varig anunciou hoje a suspensão temporária de seus vôos para 11 destinos internacionais: Milão, Munique, Madri, Paris, Nova Iorque, Miami, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá.

Ficam mantidos os vôos para Frankfurt (dois vôos diários), Londres (um), Buenos Aires (quatro), Lima (um), Santa Cruz de La Sierra (um), Santiago do Chile (um) e Caracas (diário, exceto aos sábados). Também haverá apenas um vôo para Miami por dia. Essas são, segundo a empresa, as rotas com maior demanda e rentabilidade.

Na malha doméstica, a Varig só continuará a voar para os seguintes destinos: Rio de Janeiro (Santos Dumont e Tom Jobim), São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Macapa e Brasília. Os demais serão suspensos.

Devido à falta principalmente de aviões, a Varig cancelou hoje 73,7% dos vôos com partidas previstas nos quatro principais aeroportos das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

Entre os vôos com situação já definida (cancelado ou confirmado/em embarque/em decolagem), 28 das 38 partidas previstas para esta manhã nos aeroportos cariocas (Santos Dumont e Galeão) e paulistas (Congonhas e Cumbica) foram suspensas, segundo o site da Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros). A Varig não comenta os números.

Ontem o site mostrava que dos 21 vôos previstos para partir de Cumbica desde as 9h35, nenhum decolou.

Hoje a empresa afirmou que nenhum passageiro deixará de voar devido à readequação de sua malha de vôos. "Todos os clientes com passagens compradas para os vôos temporariamente suspensos deverão ser acomodados em outros vôos da Varig ou de outras empresas", diz a companhia em nota.

Ontem a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou um plano de contingência que estabelece que outras companhias aéreas transportem os passageiros cujos vôos foram cancelados pela Varig.

No mercado doméstico isso já vinha acontecendo. TAM e Gol tem acomodado os passageiros da Varig em assentos disponíveis de seus aviões. As duas empresas terão, a partir de agora, de reservar lugares para esses passageiros. Ainda não se sabe como será feito o reembolso a essas companhias.

Nos vôos internacionais, a Anac espera que companhias estrangeiras transportem passageiros da Varig no sistema de code-share (compartilhamento de vôo). A maior preocupação é com os passageiros que estão na Alemanha para ver os jogos da Copa do Mundo e que seriam trazidos de volta pela Lufthansa em caso de quebra da Varig.

A Varig informou que "foi obrigada" a implementar a reestruturação de sua malha de vôos devido às "negociações" com as empresas de leasing.

Ontem o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), que planeja comprar a empresa, informou que só 25 aviões estavam em funcionamento, com 20 aeronaves em condições de voar e outras 16 em manutenção paradas.

Parte dos aviões com condições de voar permanecem parados devido a decisões judiciais, que determinam sua devolução para as empresas de leasing que os alugaram à Varig

Hoje a situação pode se agravar ainda mais caso o juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, decida suspender a proteção contra o arresto de aviões da Varig e determine sua devolução às empresas de leasing.

Venda

A Justiça aceitou anteontem a venda da Varig para consórcio formado pelo TGV e dois investidores não-revelados. Para que a venda seja concretizada, no entanto, o grupo tem que injetar US$ 75 milhões até sexta-feira na empresa aérea.

Além disso, tem que mostrar que possui R$ 1,01 bilhão para pagar pela compra da Varig, dinheiro que será destinado para abater parte das dívidas de R$ 7,9 bilhões que a empresa tem com credores.

Por último, se desejar dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir na empresa aérea, o TGV terá que mostrar que possui garantias do pagamento do empréstimo.

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