Publicidade
Publicidade
24/08/2006
-
12h34
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) disse hoje que vai conversar com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, para tentar restringir o acesso da Volkswagen à linha de financiamento do banco.
Na opinião do ministro, o dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) não pode ser usado para fechamento de fábrica. A empresa teve liberado financiamento de R$ 497 milhões e os recursos ainda devem ser repassados.
Ontem o presidente do BNDES insistiu que a linha já aprovada não tem relação com o plano de reestruturação da companhia e que o financiamento será liberado, independente de demissões feitas pela Volks. O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) também já havia manifestado posição contrária à de Marinho.
Marinho disse ainda que espera que o anúncio de demissões da montadora alemã seja "simplesmente uma chantagem e uma pressão para negociação com os trabalhadores e que, portanto, possamos resolver na base do diálogo".
Para ele, o fechamento não combina com o momento do setor automotivo no Brasil que, neste ano, deve quebrar recordes de produção e de vendas. De acordo com a Anfavea (associação das montadoras), as vendas internas devem ter alta de 7,1% neste ano e, a produção, de 4,5%.
Negociação
Marinho disse que vai chamar a diretoria da montadora Volkswagen nos próximos dias, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar evitar as demissões anunciadas pela empresa. "Vamos conversar com a direção da Volks para discutir o nível de responsabilidade das partes. O governo vai tentar identificar onde está o problema da empresa", disse.
O ministro voltou a insinuar que problemas administrativos cometidos pela empresa podem ter levado a companhia a uma "situação dramática". Segundo o ministro, a ameaça de demissão colocada pela empresa preocupa o governo e está encarada como "uma faca no pescoço" dos trabalhadores, já que a alternativa à demissão é o fechamento da fábrica Anchieta (ABC).
A empresa quer demitir 3,6 mil funcionários da unidade Anchieta, sendo 1,8 mil em novembro. A empresa disse que os cortes fazem parte do plano de restruturação e que a manutenção do atual quadro e custos com produção podem inviabilizar novos investimentos por parte da matriz, na Alemanha, e, com queda na produção, a unidade pode ser fechada.
Leia mais
Desemprego atinge maior taxa em 15 meses e renda cai
"Não sei onde o IBGE encontrou esses números", diz ministro
Empresários reclamam a Lula de juros, portos e energia
Mulheres têm mais vagas, mas ainda ganham menos
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Volkwagen
Ministro quer restringir dinheiro do BNDES à Volks por demissões
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) disse hoje que vai conversar com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, para tentar restringir o acesso da Volkswagen à linha de financiamento do banco.
Na opinião do ministro, o dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) não pode ser usado para fechamento de fábrica. A empresa teve liberado financiamento de R$ 497 milhões e os recursos ainda devem ser repassados.
Ontem o presidente do BNDES insistiu que a linha já aprovada não tem relação com o plano de reestruturação da companhia e que o financiamento será liberado, independente de demissões feitas pela Volks. O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) também já havia manifestado posição contrária à de Marinho.
Marinho disse ainda que espera que o anúncio de demissões da montadora alemã seja "simplesmente uma chantagem e uma pressão para negociação com os trabalhadores e que, portanto, possamos resolver na base do diálogo".
Para ele, o fechamento não combina com o momento do setor automotivo no Brasil que, neste ano, deve quebrar recordes de produção e de vendas. De acordo com a Anfavea (associação das montadoras), as vendas internas devem ter alta de 7,1% neste ano e, a produção, de 4,5%.
Negociação
Marinho disse que vai chamar a diretoria da montadora Volkswagen nos próximos dias, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para tentar evitar as demissões anunciadas pela empresa. "Vamos conversar com a direção da Volks para discutir o nível de responsabilidade das partes. O governo vai tentar identificar onde está o problema da empresa", disse.
O ministro voltou a insinuar que problemas administrativos cometidos pela empresa podem ter levado a companhia a uma "situação dramática". Segundo o ministro, a ameaça de demissão colocada pela empresa preocupa o governo e está encarada como "uma faca no pescoço" dos trabalhadores, já que a alternativa à demissão é o fechamento da fábrica Anchieta (ABC).
A empresa quer demitir 3,6 mil funcionários da unidade Anchieta, sendo 1,8 mil em novembro. A empresa disse que os cortes fazem parte do plano de restruturação e que a manutenção do atual quadro e custos com produção podem inviabilizar novos investimentos por parte da matriz, na Alemanha, e, com queda na produção, a unidade pode ser fechada.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice