Publicidade
Publicidade
02/10/2006
-
18h41
DENYSE GODOY
da Folha Online
O resultado das eleições agradou o mercado financeiro.
A Bovespa avançou 1,67% nesta segunda-feira, para 37.057 pontos, com giro de R$ 2,351 bilhões --o exercício de opções sobre ações inflou o movimento. Na máxima do dia, a Bolsa chegou aos 37.316 pontos.
O dólar comercial caiu 0,55%, vendido a R$ 2,159, enquanto o risco-país teve queda de 0,44%, aos 230 pontos.
Desde a sexta-feira, a expectativa de que Lula venceria já no primeiro turno começou a ser colocada em dúvida --as imagens do dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra os tucanos, divulgadas naquele dia à tarde, contribuíram para isso, em meio a um forte bombardeio dos adversários. especialistas também consideram que sua ausência ao debate realizado pela TV Globo na quinta-feira à noite foi um erro estratégico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou o pleito, ontem, com 46.661.741 votos, o que significa 48,61% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) ficou com 39.968.167 votos, ou 41,64% dos votos válidos.
Os analistas consideram, em primeiro lugar, que a realização de um segundo turno é saudável para o país --afinal, quem vencer terá mais legitimidade perante a população e o Congresso, melhorando as suas condições de governabilidade.
Além disso, haverá um prazo maior para apuração das recentes denúncias que podem eventualmente respingar na candidatura de Lula --entre as perguntas por responder, está a sobre a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal no dossiêgate-- e para a discussão das propostas dos dois concorrentes à presidência.
Mas a tranqüilidade que os investidores demonstraram se deve principalmente ao fato de que, em termos de programa econômico, Lula e Alckmin são muito parecidos. Na opinião de operadores, existe uma pequena preferência pelo tucano devido ao medo de que as investigações sobre o caso do dossiê levem ao presidente e, como última conseqüência, ao seu impedimento.
Espera-se que o mercado continue calmo, atento também aos indicadores sobre a economia dos Estados Unidos e a brasileira.
Hoje, em Wall Street, os investidores preferiram embolsar os últimos ganhos --o índice Dow Jones aproximou-se de níveis recordes na semana passada.
A Bolsa de Nova York teve queda de 0,07%, a 11.670,35 pontos. A Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) caiu 0,32%, para 2.237,60 pontos.
A discussão sobre o ritmo de desaceleração da maior potência mundial foi alimentada, hoje, por dois índices.
O primeiro foi o de gastos em construção: eles tiveram uma alta de 0,3% em agosto, de acordo com o Departamento do Comércio.
Depois, veio o indicador sobre o setor industrial do instituto americano de pesquisa ISM (Institute for Supply Management), que caiu de 54,5 pontos em agosto para 52,9 pontos em setembro --os economistas esperavam 53,5 pontos.
Dessa maneira, está cada vez mais firme a opinião de que o desaquecimento será moderado. E que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) pode começar a cortar a sua taxa básica de juros, que está atualmente em 5,25% ao ano, em breve.
Na agenda da semana, destaca-se o discurso de Ben Bernanke --presidente do Fed-- na quarta-feira, a folha de pagamentos e a taxa de desemprego referentes a setembro, que saem na sexta.
Economia brasileira
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial brasileira teve em setembro superávit de US$ 4,428 bilhões, 2,5% mais do que no mesmo mês do ano passado e 1,9% menos do que em agosto último. No mês passado, as exportações somaram US$ 12,549 bilhões e as importações, US$ 8,121 bilhões.
E, segundo o boletim Focus --elaborado semanalmente pelo Banco Central e divulgado logo cedo--, os analistas do mercado financeiro prevêem que a inflação no país vai ficar em 2,96% --a previsão anterior era de 3,03%. A expectativa a respeito do crescimento da economia em 2006 continua em 3,09% em 2006.
Para reforçar as apostas de que o BC pode continuar reduzindo a taxa Selic, no momento em 14,25% ao ano, aguarda-se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga na sexta-feira. As estimativas do mercado são de que fique perto dos 0,2%. No dia anterior, as atenções estarão voltadas aos dados sobre produção industrial.
Ações
As ações da Gol Linhas Aéreas foram destaque no pregão. Após o acidente com o Boeing 737/800 que matou 155 pessoas, os papéis tiveram desvalorização de 1,85%, a R$ 73,61. Durante o expediente, caiu até R$ 71,51, mas os analistas de investimento dizem que as perspectivas para eles continuam boas.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,33 e o turismo recuou 0,44%, para R$ 2,26.
Leia mais
Segundo turno na eleição no Brasil é bom para investidores, diz "WSJ"
Especial
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Bovespa sobe 1,67% e dólar recua com segundo turno entre Lula e Alckmin
Publicidade
da Folha Online
O resultado das eleições agradou o mercado financeiro.
A Bovespa avançou 1,67% nesta segunda-feira, para 37.057 pontos, com giro de R$ 2,351 bilhões --o exercício de opções sobre ações inflou o movimento. Na máxima do dia, a Bolsa chegou aos 37.316 pontos.
O dólar comercial caiu 0,55%, vendido a R$ 2,159, enquanto o risco-país teve queda de 0,44%, aos 230 pontos.
Desde a sexta-feira, a expectativa de que Lula venceria já no primeiro turno começou a ser colocada em dúvida --as imagens do dinheiro que seria usado para comprar um dossiê contra os tucanos, divulgadas naquele dia à tarde, contribuíram para isso, em meio a um forte bombardeio dos adversários. especialistas também consideram que sua ausência ao debate realizado pela TV Globo na quinta-feira à noite foi um erro estratégico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terminou o pleito, ontem, com 46.661.741 votos, o que significa 48,61% dos votos válidos. Geraldo Alckmin (PSDB) ficou com 39.968.167 votos, ou 41,64% dos votos válidos.
Os analistas consideram, em primeiro lugar, que a realização de um segundo turno é saudável para o país --afinal, quem vencer terá mais legitimidade perante a população e o Congresso, melhorando as suas condições de governabilidade.
Além disso, haverá um prazo maior para apuração das recentes denúncias que podem eventualmente respingar na candidatura de Lula --entre as perguntas por responder, está a sobre a origem do dinheiro apreendido pela Polícia Federal no dossiêgate-- e para a discussão das propostas dos dois concorrentes à presidência.
Mas a tranqüilidade que os investidores demonstraram se deve principalmente ao fato de que, em termos de programa econômico, Lula e Alckmin são muito parecidos. Na opinião de operadores, existe uma pequena preferência pelo tucano devido ao medo de que as investigações sobre o caso do dossiê levem ao presidente e, como última conseqüência, ao seu impedimento.
Espera-se que o mercado continue calmo, atento também aos indicadores sobre a economia dos Estados Unidos e a brasileira.
Hoje, em Wall Street, os investidores preferiram embolsar os últimos ganhos --o índice Dow Jones aproximou-se de níveis recordes na semana passada.
A Bolsa de Nova York teve queda de 0,07%, a 11.670,35 pontos. A Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) caiu 0,32%, para 2.237,60 pontos.
A discussão sobre o ritmo de desaceleração da maior potência mundial foi alimentada, hoje, por dois índices.
O primeiro foi o de gastos em construção: eles tiveram uma alta de 0,3% em agosto, de acordo com o Departamento do Comércio.
Depois, veio o indicador sobre o setor industrial do instituto americano de pesquisa ISM (Institute for Supply Management), que caiu de 54,5 pontos em agosto para 52,9 pontos em setembro --os economistas esperavam 53,5 pontos.
Dessa maneira, está cada vez mais firme a opinião de que o desaquecimento será moderado. E que o Fed (Federal Reserve, banco central americano) pode começar a cortar a sua taxa básica de juros, que está atualmente em 5,25% ao ano, em breve.
Na agenda da semana, destaca-se o discurso de Ben Bernanke --presidente do Fed-- na quarta-feira, a folha de pagamentos e a taxa de desemprego referentes a setembro, que saem na sexta.
Economia brasileira
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial brasileira teve em setembro superávit de US$ 4,428 bilhões, 2,5% mais do que no mesmo mês do ano passado e 1,9% menos do que em agosto último. No mês passado, as exportações somaram US$ 12,549 bilhões e as importações, US$ 8,121 bilhões.
E, segundo o boletim Focus --elaborado semanalmente pelo Banco Central e divulgado logo cedo--, os analistas do mercado financeiro prevêem que a inflação no país vai ficar em 2,96% --a previsão anterior era de 3,03%. A expectativa a respeito do crescimento da economia em 2006 continua em 3,09% em 2006.
Para reforçar as apostas de que o BC pode continuar reduzindo a taxa Selic, no momento em 14,25% ao ano, aguarda-se o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga na sexta-feira. As estimativas do mercado são de que fique perto dos 0,2%. No dia anterior, as atenções estarão voltadas aos dados sobre produção industrial.
Ações
As ações da Gol Linhas Aéreas foram destaque no pregão. Após o acidente com o Boeing 737/800 que matou 155 pessoas, os papéis tiveram desvalorização de 1,85%, a R$ 73,61. Durante o expediente, caiu até R$ 71,51, mas os analistas de investimento dizem que as perspectivas para eles continuam boas.
Paralelo e turismo
O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,33 e o turismo recuou 0,44%, para R$ 2,26.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice