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24/11/2006
-
11h22
CLARICE SPITZ
IVONE PORTES
da Folha Online, no Rio e em São Paulo
A assembléia extraordinária da Telemar que seria realizada hoje para votar a proposta de reestruturação do capital da companhia foi cancelada novamente por falta de quórum.
Essa é a segunda tentativa da empresa de aprovar o plano de reestruturação. Mas somente 35,25% dos acionistas preferencialistas comparecerem à assembléia e eram necessários 50% dos acionistas mais um para a votação.
Hoje, entretanto, o comparecimento superou o do dia da primeira assembléia, em 13 de novembro, quando 29,17% dos acionistas estavam presentes.
Uma nova assembléia já está marcada para a próxima segunda-feira (27). Na terceira convocação, o quórum diminui para 25% dos acionistas.
A reestruturação da companhia, se aprovada, eliminará a figura do sócio controlador. Pela proposta, todas as ações preferenciais (sem direito a voto) serão convertidas em ordinárias e terão direito a voto.
Ontem, a desembargadora Valéria Maron, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu liminar à gestora de investimentos Polo Capital Gestão de Recursos que impede os controladores e os demais detentores de ações ordinárias da Telemar --mesmo que tenham também papéis preferenciais-- de votarem na assembléia da companhia.
Segundo Felipe Cunha, analista de telecomunicações do banco Brascan, a liminar afeta principalmente a Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), controladores que possuem ações preferenciais da Telemar. "A participação dos dois é de cerca de 7% das ações preferenciais da empresa", avalia.
Para ele, a decisão da justiça é negativa para a companhia. "Consideramos a notícia negativa, principalmente para a cotação das ações ordinárias da empresa, pois a expectativa era de que os controladores [Previ e BNDES] e os demais detentores de ações ordinárias que também tivessem ações preferenciais pudessem votar a favor da operação."
O analista destaca, entretanto, que com o cancelamento da assembléia hoje, aumenta a chance de aprovação da reestruturação da Telemar na próxima segunda-feira. Isso porque, segundo ele, há uma expectativa de que a empresa consiga derrubar a liminar que impede a participação na votação dos controladores que têm ações ordinárias e preferenciais. Além disso, o quórum para a aprovação do plano cai para 25%.
A Polo Capital Gestão de Recursos entrou com pedido também na 2ª Vara Empresarial do Rio para que a Telemar divulgue a lista dos acionistas que estiveram presentes na assembléia. A expectativa é de que a decisão da Justiça saia hoje.
Eles argumentam que a reestruturação seria desfavorável aos acionistas preferencialistas, já que o bloco controlador passaria de 17,9% para 34,6%, enquanto que os preferencialistas reduziriam a participação de 66,7% para 40,6%.
"Os fundos minoritários não estão contra a reorganização societária. Achamos que as ações preferenciais estão subavaliadas e as ordinárias, superavaliadas", disse Ivan Nunes Ferreira, advogado da Polo.
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Assembléia da Telemar volta a ser cancelada por falta de quórum
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IVONE PORTES
da Folha Online, no Rio e em São Paulo
A assembléia extraordinária da Telemar que seria realizada hoje para votar a proposta de reestruturação do capital da companhia foi cancelada novamente por falta de quórum.
Essa é a segunda tentativa da empresa de aprovar o plano de reestruturação. Mas somente 35,25% dos acionistas preferencialistas comparecerem à assembléia e eram necessários 50% dos acionistas mais um para a votação.
Hoje, entretanto, o comparecimento superou o do dia da primeira assembléia, em 13 de novembro, quando 29,17% dos acionistas estavam presentes.
Uma nova assembléia já está marcada para a próxima segunda-feira (27). Na terceira convocação, o quórum diminui para 25% dos acionistas.
A reestruturação da companhia, se aprovada, eliminará a figura do sócio controlador. Pela proposta, todas as ações preferenciais (sem direito a voto) serão convertidas em ordinárias e terão direito a voto.
Ontem, a desembargadora Valéria Maron, da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu liminar à gestora de investimentos Polo Capital Gestão de Recursos que impede os controladores e os demais detentores de ações ordinárias da Telemar --mesmo que tenham também papéis preferenciais-- de votarem na assembléia da companhia.
Segundo Felipe Cunha, analista de telecomunicações do banco Brascan, a liminar afeta principalmente a Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), controladores que possuem ações preferenciais da Telemar. "A participação dos dois é de cerca de 7% das ações preferenciais da empresa", avalia.
Para ele, a decisão da justiça é negativa para a companhia. "Consideramos a notícia negativa, principalmente para a cotação das ações ordinárias da empresa, pois a expectativa era de que os controladores [Previ e BNDES] e os demais detentores de ações ordinárias que também tivessem ações preferenciais pudessem votar a favor da operação."
O analista destaca, entretanto, que com o cancelamento da assembléia hoje, aumenta a chance de aprovação da reestruturação da Telemar na próxima segunda-feira. Isso porque, segundo ele, há uma expectativa de que a empresa consiga derrubar a liminar que impede a participação na votação dos controladores que têm ações ordinárias e preferenciais. Além disso, o quórum para a aprovação do plano cai para 25%.
A Polo Capital Gestão de Recursos entrou com pedido também na 2ª Vara Empresarial do Rio para que a Telemar divulgue a lista dos acionistas que estiveram presentes na assembléia. A expectativa é de que a decisão da Justiça saia hoje.
Eles argumentam que a reestruturação seria desfavorável aos acionistas preferencialistas, já que o bloco controlador passaria de 17,9% para 34,6%, enquanto que os preferencialistas reduziriam a participação de 66,7% para 40,6%.
"Os fundos minoritários não estão contra a reorganização societária. Achamos que as ações preferenciais estão subavaliadas e as ordinárias, superavaliadas", disse Ivan Nunes Ferreira, advogado da Polo.
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