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24/11/2006 - 12h50

Governo prevê PIB menor e corta quase R$ 500 mi do Orçamento

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo federal reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para apenas 3,2% neste ano e também anunciou um corte de R$ 486,2 milhões no Orçamento 2006.

Até agora, a posição oficial da pasta era de que o PIB (Produto Interno Bruto) teria expansão de 3,7%.

A projeção faz parte dos parâmetros utilizados pelo Ministério do Planejamento para a revisão bimestral do Orçamento da União, divulgado hoje. Eles são de responsabilidade da Secretaria de Política Econômica da Fazenda.

O crescimento da economia a taxas mais vigorosas foi uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para isso, a equipe econômica do governo tenta colocar em prática um conjunto de medidas na área fiscal e tributária para estimular o investimento.

Com a revisão de hoje, a projeção da Fazenda ficou abaixo do crescimento esperado pelo Banco Central, que é de 3,5% --o número poderá ser revisado no próximo "Relatório de Inflação", a ser divulgado no final de dezembro--, e mais próximo do esperado pelos analistas do mercado financeiro, 2,95%.

Também foi revisado de 3,27% para 3,10% a previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para este ano. A meta de inflação é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Contenção de gastos

O governo decidiu fazer um corte de R$ 486,2 milhões nas despesas do Orçamento deste ano. Um dos objetivos da reavaliação é garantir o cumprimento da meta de superávit primário, que é de 4,25% do PIB.

Esse relatório é divulgado bimestralmente. No último, divulgado no final de setembro, o Planejamento tinha determinado um corte maior, de R$ 1,6 bilhão. No entanto, menos de duas semanas depois e já com o segundo turno das eleições em andamento, a pasta decidiu fazer uma liberação de R$ 1,5 bilhão.

A estratégia foi encarada como uma possível ação de caráter eleitoreiro. Na época, os ministro Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) deram informações desencontradas sobre o assunto.

Na reavaliação divulgada hoje, uma das principais alterações foi a redução de R$ 709,4 milhões na previsão de arrecadação (Cofins, PIS e CPMF). Além disso, a projeção do déficit da Previdência Social foi elevada em R$ 543,9 milhões.

Do corte anunciado hoje, a União é responsável por R$ 480 milhões. O corte para os poderes Legislativo, Judiciário e o Ministério Público da União é de R$ 6,1 milhões.

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