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15/02/2007 - 09h16

Consumidor inicia ano mais endividado do que em 2006

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FÁTIMA FERNANDES
da Folha de S.Paulo

O consumidor brasileiro começa o ano endividado. Alimentação, crediário e impostos são os itens que mais pesam no orçamento do mês. E não há perspectiva de sobra de dinheiro para poupar em 2007.

É o que mostra pesquisa da Ipsos/Opinion, a pedido do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), com mil consumidores, entre os dias 23 e 29 de janeiro.

Dos entrevistados, 17% dizem que estão mais endividados do que há um ano; 32% tão endividados quanto em 2006; e 46% se dizem menos endividados. "O fato é que o consumidor está bastante endividado, o que torna as perspectivas de vendas do comércio não tão animadoras", diz Fernanda Della Rosa, diretora da assessoria econômica da Fecomercio SP.

Levantamento da Fecomercio mostra que, em fevereiro, 61% de 1.300 pessoas ouvidas na capital paulista estavam endividadas, e 40% delas tinham dívidas em atraso. A Ipsos constatou que, em janeiro, 53% (entre mil consumidores ouvidos) tinham dívidas a pagar.

"São percentuais muito altos. Só com mais investimento e aumento da renda essa situação pode mudar", diz Della Rosa.

O levantamento da Ipsos mostra que a alimentação é o que mais compromete o orçamento do consumidor no mês --item citado por 33% das pessoas consultadas. Em seguida vêm crediário (12%), impostos (11%), aluguel (10%), gastos com cartão de crédito e cheque especial (6%) e educação (4%).

"Piorou, sim, o nível de endividamento do consumidor neste início de ano. Isso é reflexo também do desemprego em setores que concorrem mais com a indústria chinesa, como o têxtil e o de calçados", diz Emílio Alfieri, economista da ACSP.

Em janeiro, segundo informa, o número de carnês em atraso (acima de 30 dias) aumentou 9,8% em relação a igual período do ano passado. O número de carnês quitados subiu 6,4%, no período. "A inadimplência subiu. Está faltando dinheiro para o consumidor pagar as contas no final do mês."

O levantamento da Ipsos mostra ainda que 66% dos mil consumidores ouvidos não têm perspectivas de sobra de dinheiro para poupar em 2007. Esse dado é o que mais preocupa os empresários do Ciesp.

"Se não vai sobrar dinheiro, ou vai sobrar pouco dinheiro, significa que o consumidor vai correr atrás de produtos baratos, como os chineses. E como vai ficar a indústria nacional?", indaga Humberto Barbato, diretor do Ciesp, que pretende dar início a um movimento a favor do produto brasileiro.

"A indústria precisa fazer campanha para elevar as vendas do produto nacional. Não podemos deixar que a China e a Índia peguem esse filão."

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