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02/03/2007 - 17h57

Efeito China reduz valor de empresas das Américas em R$ 1,26 trilhão

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JOÃO SANDRINI
Editor de Dinheiro da Folha Online

A onda de instabilidade que abateu mercados em todo o mundo nesta semana reduziu em mais de R$ 1 trilhão o valor das empresas com ações negociadas em oito das principais Bolsas das Américas.

Segundo a consultoria Economática, entre o fechamento do dia 26 de fevereiro e ontem, o valor de mercado das empresas negociadas nas Bolsas dos EUA, Brasil, Chile, México, Peru, Argentina, Venezuela e Colômbia caiu US$ 590,5 bilhões (R$ 1,260 trilhão) --ainda não estão computadas os prejuízos de hoje.

O valor é superior às perdas na semana dos atentados de 11 de Setembro. Entre os dias 10 e 17 de setembro de 2001, o prejuízo nesses mesmos mercados alcançou US$ 581 bilhões.

Se considerados mercados do mundo todo, a perda de valor das empresas abertas chegaria a US$ 1,5 trilhão no período, segundo o Morgan Stanley All-Coutries World Index.

As principais perdas ocorreram no mercado americano. O valor das 1.200 maiores empresas com ações negociadas nos EUA caiu de US$ 16,187 trilhão para US$ 15,681 trilhão.

Nas Américas o Brasil apareceu em seguida, com perdas de US$ 50,1 bilhões --bem mais que os US$ 11 bilhões da semana do 11 de Setembro. O valor das empresas negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) caiu de US$ 727,1 bilhões para US$ 677 bilhões.

Nas Américas somente as empresas da Venezuela conseguiram obter valorização nesta semana --passaram de US$ 13,4 bilhões para US$ 13,5 bilhões. A Bolsa de Caracas, entretanto, continua em patamares bem mais baixos que os registrados antes de o presidente Hugo Chávez anunciar a nacionalização de empresas de energia e telefonia no país, em janeiro.

A correção nas Bolsas começou na última terça-feira, quando a China anunciou que pode tomar na próxima semana medidas para taxar lucros das empresas e conter o excesso de liquidez dos bancos.

O anúncio fez a Bolsa de Xangai cair 8,8% na terça. Desde então, investidores de todo o mundo começaram a desmontar posições em renda variável e evitar aplicações de maior risco.

Entre as oito Bolsas das Américas, as maiores perdas entre terça e quinta foram sentidas no Brasil (-6,9%), Argentina (-5,8%) e México (-5,7%).

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