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18/04/2007 - 19h58

Indústria critica queda moderada da taxa Selic pelo Copom

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da Folha Online

As entidades representantes da indústria criticaram a queda de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom, nesta quarta-feira. O setor acredita que o BC (Banco Central) poderia ter decidido por um corte maior.

"A insistência do Banco Central em não alterar a trajetória gradualista no ajuste da taxa de juros básica frustra a indústria e todos aqueles que entendem que o Brasil avançou muito em termos de estabilidade econômica nos últimos anos", afirmou a CNI (Confederação Nacional da Indústria)

A entidade afirmou que as "profundas mudanças ocorridas no ambiente econômico e nos fundamentos da economia brasileira" justificariam "a intensificação do ritmo de queda dos juros".

Para a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), "foi desperdiçada importante oportunidade de um corajoso ajuste na queda dos juros no Brasil", que é defendido pela indústria e outros setores da sociedade.

"A insistência do Copom em não praticar cortes mais significativos na Selic tem custado muito ao país, tanto em perda de crescimento como na sobrevalorização do câmbio que tira competitividade do produto brasileiro", afirmou Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Boris Tabacof, diretor do departamento de economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), afirmou que, "a despeito do sinal positivo gerado pelo aumento dos investimentos na economia e do efeito que acirramento da valorização cambial deverá causar nos preços do atacado e varejo nos próximos meses, o Copom prefere focar o horizonte inflacionário abaixo da meta estabelecida".

Para Tabacof, "fica cada vez mais evidente que a autoridade monetária abandonou a meta inflacionária de 4,5% como alvo de sua política para este ano e busca intensificar o uso dos recursos da política monetária e cambial para obter uma taxa de inflação abaixo da meta, o que vem sendo informado semanalmente pela mediana das expectativas do mercado desde o final de 2006".

O presidente da Abdib, Paulo Godoy, afirmou que tem a "desconfiança de que o Copom, ao reduzir os juros de forma mais acentuada, receia que a atividade econômica decorrente possa não encontrar infra-estrutura suficiente para suportá-la."

Segundo Godoy, 'realmente, não temos uma infra-estrutura capaz de absorver um crescimento mais ousado e por isso precisamos construi-la urgentemente".

Para a Abdib, o Brasil é um país de contradições: precisa crescer, sabe o que deve ser feito isso e, mesmo assim, não enfrenta, com agilidade, as agendas de reformas estruturais e da infra-estrutura.

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