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01/05/2007
-
12h07
da France Presse, na Venezuela
com Folha Online
O governo venezuelano do presidente Hugo Chávez assumiu nesta terça-feira (1º) os controles acionário e operacional dos poços de petróleo da faixa do rio Orinoco, onde estaria a maior reserva mundial de cru.
A medida é parte de um extenso plano de nacionalizações iniciado em janeiro pelo presidente, após sua reeleição em dezembro, que inclui também os setores de telecomunicações e energia, além da invasão de terras, do controle de frigoríficos e a regulamentação do serviço médico privado.
Semana passada, dez das 13 empresas que operam em explorações de risco a ganho compartilhado na Faixa do Orinoco, de 55.300 km2, a sudeste da Venezuela (duas vezes o tamanho de Israel), e no Golfo de Paria, assinaram memorandos de entendimento com o governo.
A partir de hoje a companhia estatal de petróleo PDVSA controlará no mínimo 60% das ações de quatro empresas mistas formadas por multinacionais: a francesa Total, a norueguesa Statoil (Sincor), as americanas Chevron Texaco (Ameriven) e Exxon Móbil, British Petroleum e a alemana Veba Oel (Cerro Negro).
A americana Conoco Philips (40% na Ameriven e 50,1% na Petrozuata) manteve até a última hora as complexas negociações e até o prazo limite não havia assinado acordo. A italiana ENI e a Petrocanadá também não assinaram nada, esta última por "problemas técnicos".
A Promotoria intervirá nos casos das empresas que se negarem a firmar acordos. As negociações irão até 26 de agosto, quando o Congresso, sob controle total do partido governista, aprovará os acordos.
O ministro da Energia, Rafael Ramírez, disse no fim de semana que as empresas da Faixa, estimadas em mais de US$ 25 bilhões, vão incorporar "a batalha de todas as empresas do Estados, empenhados em construir o socialismo do século 21".
Em 2008, a Venezuela pretende comprovar que a região do rio Orinoco possui 270 bilhões de barris de petróleo para serem extraídos, se considerada a tecnologia atual.
Esta certificação, que é realizada por companhias estatais de países aliados, somada às reservas provadas atuais, colocaria a Venezuela à frente do líder mundial em reservas, a Arábia Saudita.
No entanto, o petróleo da faixa do Orinoco é não convencional, muito pesado, com um alto conteúdo de enxofre e de difícil exploração e comercialização, que precisa de um complexo processo antes de ser refinado.
A Venezuela, único membro latino-americano da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), é o quinto exportador mundial de bruto. Sua produção atual é de 3,09 milhões de barris por dia, e metade dessa produção é exportada para os Estados Unidos.
A Faixa do Orinoco é a única fonte importante de substituição do declínio das reservas dos campos de petróleo tradicionais da Venezuela.
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O governo venezuelano do presidente Hugo Chávez assumiu nesta terça-feira (1º) os controles acionário e operacional dos poços de petróleo da faixa do rio Orinoco, onde estaria a maior reserva mundial de cru.
A medida é parte de um extenso plano de nacionalizações iniciado em janeiro pelo presidente, após sua reeleição em dezembro, que inclui também os setores de telecomunicações e energia, além da invasão de terras, do controle de frigoríficos e a regulamentação do serviço médico privado.
Semana passada, dez das 13 empresas que operam em explorações de risco a ganho compartilhado na Faixa do Orinoco, de 55.300 km2, a sudeste da Venezuela (duas vezes o tamanho de Israel), e no Golfo de Paria, assinaram memorandos de entendimento com o governo.
A partir de hoje a companhia estatal de petróleo PDVSA controlará no mínimo 60% das ações de quatro empresas mistas formadas por multinacionais: a francesa Total, a norueguesa Statoil (Sincor), as americanas Chevron Texaco (Ameriven) e Exxon Móbil, British Petroleum e a alemana Veba Oel (Cerro Negro).
A americana Conoco Philips (40% na Ameriven e 50,1% na Petrozuata) manteve até a última hora as complexas negociações e até o prazo limite não havia assinado acordo. A italiana ENI e a Petrocanadá também não assinaram nada, esta última por "problemas técnicos".
A Promotoria intervirá nos casos das empresas que se negarem a firmar acordos. As negociações irão até 26 de agosto, quando o Congresso, sob controle total do partido governista, aprovará os acordos.
O ministro da Energia, Rafael Ramírez, disse no fim de semana que as empresas da Faixa, estimadas em mais de US$ 25 bilhões, vão incorporar "a batalha de todas as empresas do Estados, empenhados em construir o socialismo do século 21".
Em 2008, a Venezuela pretende comprovar que a região do rio Orinoco possui 270 bilhões de barris de petróleo para serem extraídos, se considerada a tecnologia atual.
Esta certificação, que é realizada por companhias estatais de países aliados, somada às reservas provadas atuais, colocaria a Venezuela à frente do líder mundial em reservas, a Arábia Saudita.
No entanto, o petróleo da faixa do Orinoco é não convencional, muito pesado, com um alto conteúdo de enxofre e de difícil exploração e comercialização, que precisa de um complexo processo antes de ser refinado.
A Venezuela, único membro latino-americano da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), é o quinto exportador mundial de bruto. Sua produção atual é de 3,09 milhões de barris por dia, e metade dessa produção é exportada para os Estados Unidos.
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