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11/05/2007 - 14h56

Depois das refinarias da Petrobras, Bolívia quer negociar com Repsol, Shell e BP

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da Folha Online

O governo da Bolívia vai negociar a compra das ações das petrolíferas Shell, Repsol e British Petroleum (BP), informou nesta sexta-feira o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas.

Segundo Villegas, após a compra das refinarias Villarroel (Cochabamba, centro), e Guillermo Elder (Santa Cruz, leste) da Petrobras, por US$ 112 milhões, o governo dará continuidade à sua campanha de recuperação de toda a atividade petrolífera privatizada.

"Começamos a trabalhar com a empresa Companhia Logística de Hidrocarbonetos da Bolívia [peruano-alemã], a Chaco [BP, Reino Unido], Andina [Repsol] e Transredes [Shell] para recuperar todas as empresas privatizadas e capitalizadas na década de 90", disse o ministro. As negociações devem começar na próxima semana.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, o valor pelo qual foram vendidas as refinarias da Petrobras foi apresentado em proposta enviada ao país vizinho na última segunda-feira. A venda vinha sendo negociada desde quarta-feira (9).

Um grupo a ser formado por representantes da Petrobras e da estatal boliviana YPFB irão discutir a transição de comando das refinarias. A Petrobras se comprometeu em dar "apoio total" à Bolívia neste processo, inclusive na transferência de tecnologia, disse Rondeau.

As duas instalações da Petrobras, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões --desde então, a Petrobras investiu mais US$ 30 milhões em modernização. As unidades são as duas maiores que operam no país vizinho e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia. Para o Brasil, porém, os negócios por lá representam 0,3% do total.

Entenda.

A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, apesar da nacionalização anunciada por Morales, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira do governo vizinho.

O decreto concedeu à YPFB o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas "brancas" produzidos pelas refinarias do país.

Após muito impasse acerca de qual seria o "preço justo" a ser pago pela Bolívia, a estatal brasileira apresentou, na última segunda-feira, uma proposta final para fechar o negócio.

Na quarta-feira, representantes da Petrobras, do governo boliviano e da YPFB iniciaram as conversas em La Paz para esclarecer os termos do texto, debates que terminaram nesta quinta com a assinatura de um acordo. Caso não houvesse consenso, a Petrobras e o próprio governo brasileiro tinha declarado que recorreria à arbitragem internacional.

Com France Presse

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