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16/05/2007 - 17h25

Bovespa dispara 2,41% e fecha em novo recorde, após "upgrade"

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou com forte alta de 2,41%, em novo patamar recorde de 51.737 pontos, nesta quarta-feira. A valorização da Bolsa brasileira, de início sustentada pelos pregões americanos, recebeu fôlego extra com a melhora da avaliação de risco ("rating") do Brasil pela agência Standard & Poor´s. O volume financeiro também foi histórico: R$ 4,87 bilhões.

O dólar comercial despencou 1,46% e foi cotado a R$ 1,954 nos últimos negócios do dia. A taxa de risco-país voltou aos níveis mínimos históricos. O índice Embi+, calculado pelo banco JP Morgan, bateu os 147 pontos, em queda de 2% sobre a pontuação anterior de fechamento.

A Bolsa brasileira já encontro terreno para valorizar logo pela manhã. O governo americano "animou" os investidores com duas notícias positivas sobre a economia local: primeiro, o crescimento na construção de novas casas; segundo, o incremento da incremento da produção industrial em abril, ambos os indicadores melhores que as expectativas médias do mercado.

Influenciada pelas Bolsas americanas, a Bovespa realmente disparou quando começou a circular no mercado as primeiras notícias sobre o "upgrade" do rating soberano do Brasil, à medida em que a taxa cambial descia a ladeira.

"Foi importante para o mercado que a Standard & Poor's tenha feito a upgrade, porque é uma agência, com um peso, uma influência maior. É uma das mais importantes agências de classificação de risco, ao lado da Moody's", avalia o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Telles.

"O que também chamou a atenção dos investidores foi a elevação do rating em moeda local do Brasil. Esse pulo de dois níveis foi algo inesperado", acrescenta.

Além de elevar o rating soberano para "BB+", a Standard & Poor's também elevou a nota para títulos da dívida pública em moeda local de "B" para "A-3". Essa nota já coloca pelo menos a dívida em real do país no nível de "investment grade", isto é, a agência considera mínimo o risco de calote para esses papéis.

A desvalorização do dólar torna a Bolsa mais "cara" para os investidores estrangeiros, hoje os maiores responsáveis pelos recordes consecutivos das ações. Para profissionais do mercado, no entanto, o que pode ter mantido os "estrangeiros" no pregão foi a expectativa de novas valorizações.

A desvalorização do dólar também afeta a balança comercial e, portanto, o desempenho de grandes empresas exportadores, algumas delas entre as principais companhias de capital aberto do país, com forte influência sobre os rumos da Bovespa, a exemplo da Vale do Rio Doce.

Pesou, no entanto, a trajetória dos preços internacionais de commodities, influenciada pela demanda chinesa. "O câmbio até pode cair, mas o preço das commodities continua a subir", acrescenta Elson Telles, da Concórdia.

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