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30/01/2008 - 18h06

Confira a íntegra da nota do Ministério da Agricultura sobre o embargo da UE

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da Folha Online

A União Européia suspendeu nesta quarta-feira, por prazo indeterminado, a importação de carne bovina "in natura" brasileira. O Ministério da Agricultura considerou a decisão "injustificável e arbitrária" e divulgou uma nota em que cobra da UE mais transparência nos critérios que serão adotados para a auditoria que deve ser realizadas nas fazendas brasileiras no final de fevereiro. Leia abaixo a íntegra da nota:

"O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que não poderá emitir, a partir desta sexta-feira (1º), o Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportações de carne bovina 'in natura' para os Estados-membros da União Européia. Essa medida decorreu da decisão da Comissão Européia de não publicar, amanhã (31), a lista de fazendas brasileiras autorizadas a exportar para aquele mercado.

Com base nas inspeções dos serviços veterinários federal e estaduais, o Brasil havia apresentado à Comissão Européia, na última segunda-feira (28), a lista das fazendas auditadas e consideradas conformes, segundo os critérios de rastreabilidade exigidos pela União Européia. O serviço sanitário da Comissão indicou que selecionará 300 fazendas como base para inspeção a ser realizada no final de fevereiro. Uma delegação européia virá ao Brasil, no dia 25, para auditar o sistema e o trabalho realizado pelo serviço oficial brasileiro.

Nos termos do relatório da inspeção realizada pela União Européia, em novembro do ano passado, não foi identificada qualquer falha no que se refere ao sistema brasileiro de controle sanitário. Foram apontadas, apenas, não conformidades no sistema de rastreabilidade.
O Ministério reitera que a União Européia estabeleceu a exigência de rastreabilidade, em 2000, no contexto de uma estrutura e condições de produção européias radicalmente diferentes das encontradas no Brasil, que originaram problemas sanitários sérios naquele continente, como EEB (vaca louca).

A decisão européia é injustificável e arbitrária. O Mapa confia nos serviços veterinários federal e estaduais e entregará à Comissão Européia, até 15 de fevereiro, os relatórios de auditoria das fazendas.

O governo brasileiro mantém sua posição de que a medida é desnecessária, desproporcional e injustificada, à luz dos problemas identificados no sistema de rastreabilidade e da comprovada ausência de risco à saúde humana e animal. A fim de que os entendimentos nessa área possam prosseguir é necessário que a Comissão Européia garanta transparência e previsibilidade quanto às próximas etapas para o retorno à normalidade do relacionamento comercial no setor de carnes bovina 'in natura', uma vez que os critérios a serem adotados pelo bloco europeu para seleção das propriedades ainda não foram definidos.

Caso os resultados das missões programadas sejam favoráveis, espera-se o retorno a regularidade das operações comerciais, em breve."

Comentários dos leitores
Pedro Frota (1) 04/03/2008 19h37
Pedro Frota (1) 04/03/2008 19h37
O Ministro da Agricultura, Reinhold, e seu acessor Inácio Kroetz, só estão fazendo besteiras em cima de besteiras!
O número de fazendas que poderiam ter sido mandadas, 300, eu que eles mandaram 3000, foi o cúmulo da incompetencia e despreparo.
Se fosse num país sério o presidente teria exonerado os dois!
sem opinião
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ANDERSON FÁVERO (5) 29/02/2008 17h27
ANDERSON FÁVERO (5) 29/02/2008 17h27
No momento em que o Brasil aceitou este imposição de apenas estas fazenda poderem exportar para o mercado comum europeu, nada impede que outros paises, tambem o façam, nada mais justos se outros criadores cumprirem as leis internas, de poderem ter o mesmo tratamento. 1 opinião
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Felipe Sabadin (1) 28/02/2008 07h51
Felipe Sabadin (1) 28/02/2008 07h51
PIRACICABA / SP
quer dizer que, essas 300 fazendas que foram escolhidas pela UE, para que elas possam atender a demanda de carne bovina para exportar, será necessário que elas compre mais gado.
Para isso tera que comprar de outros produtores, mas isso não pode ocasionar um desequilibrio no mercado interno?
sem opinião
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