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31/01/2008 - 08h10

Vale tenta convencer Lula a dar aval para compra da Xstrata

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da Folha Online

O presidente da Vale, Roger Agnelli, passou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva dados a respeito da negociações da empresa brasileira para comprar a mineradora anglo-suíça Xstrata, informa hoje reportagem da Folha de Kennedy Alencar (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Em conversa por telefone, Agnelli afirmou que comando da empresa continuaria nas mãos de brasileiros e que operação fortaleceria empresa contra rivais.

Segundo a Folha apurou, Agnelli deseja aval político do governo para realizar a compra. No Palácio do Planalto, há temor de que a operação Vale-Xstrata seja o primeiro passo de uma etapa para que o controle da maior empresa privada brasileira venha no futuro a ficar em poder de estrangeiros. A empresa foi privatizada em 1997 e, desde então, só fez crescer.

Outro ponto que deixa Lula receoso com a negociação é o pouco investimento da Vale dentro do Brasil. Ele considera que, no atual momento de crise, seria mais interessante que a mineradora fizesse investimentos internos.

O governo pode barrar a negociação porque o BNDESPar --braço de investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Previ --fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil-- fazem parte do bloco controlador da Vale.

Dos US$ 90 bilhões que seriam pagos pela Xstrata --o maior negócio já realizado no país--, US$ 30 bilhões seriam em ações preferenciais da mineradora brasileira. Para a compra, a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, deve obter financiamento de US$ 50 bilhões junto a um consórcio de bancos de investimentos liderado pelo HSBC e pelo Santander.

A Xstrata é a sexta maior mineradora do mundo, enquanto que a Vale ocupa a vice-liderança. Caso a compra seja efetivada, a Vale consolidará essa posição e ainda poderá aumentar sua folga na liderança mundial na produção de minério de ferro.

A compra seria muito maior do que a compra da canadense Inco pela própria Vale por US$ 15 bilhões em 2006 --que, até o momento, é a maior aquisição da história empresarial brasileira. No mercado, estima-se o valor da companhia brasileira em US$ 120 bilhões.

 

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