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EUA já estão em recessão, diz megainvestidor Warren Buffett
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da Folha Online
com Reuters
O megainvestidor Warren Buffett disse nesta segunda-feira, em entrevista à rede de televisão norte-americana CNBC, que a economia dos EUA já está em recessão "na teoria", apesar de o país ainda ter atingido tal patamar segundo a "definição técnica" do termo.
Segundo economistas, um país entra tecnicamente em recessão após registrar pelo menos dois trimestres consecutivos de PIB (Produto Interno Bruto) negativo.
"Além de qualquer definição, nós estamos em recessão", disse Buffett. "Os negócios estão decaindo. Nós temos perdas nos setores de doces, imobiliário e de jóias."
À CNBC, Buffett afirmou que relatórios sobre seus negócios de varejo já apontam uma significativa queda nas vendas, e que os norte-americanos já gastam bem menos que um ano antes. Entre os motivos para isso, segundo ele, está a perda da riqueza dos cidadãos causada pela queda no preço dos imóveis.
O presidente e executivo-chefe da companhia de investimentos Berkshire Hathaway afirmou que a crise já afeta previsões de de investimento da companhia, um império com 76 empresas que operam em variados segmentos, de seguro à tapeçaria, passando por alimentos, tintas e roupas íntimas.
Apesar da preocupação, Buffett afirmou que as condições da economia americana não estão sequer perto dos níveis de 1973 e 1974.
Socorro
Na mesma entrevista, Buffett mencionou ainda ter retirado sua oferta de US$ 800 bilhões para a compra da área de seguros de bônus municipais (como MBIA e Ambac), feita em fevereiro.
As securitizadoras de crédito garantem as emissões de títulos das pessoas que recebem empréstimos e que não estão em condição de dar todas as garantias possíveis aos mercados financeiros. Para isso, é imprescindível que estas empresas obtenham uma classificação "AAA", a mais alta possível. A agência de qualificação Fitch, no entanto, já rebaixou a Ambac para "AA".
No fim de janeiro, a MBIA --maior securitizadora de títulos de dívida do mundo-- anunciou uma perda de US$ 3,5 bilhões no valor de seus derivativos, em especial os atrelados ao crédito imobiliário de alto risco ("subprime") americano. O anúncio havia elevado os temores de que a empresa poderia ter seu "rating" (nota de risco) rebaixado pelas agências de classificação de risco.
Também em janeiro, a Ambac anunciou uma perda no quarto trimestre de US$ 3,255 bilhões, (US$ 31,85 por ação), muito acima do previsto (US$ 3,51).
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