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03/04/2008 - 12h09

Greve pode atrasar liberação de malha fina do IR, diz sindicato; Receita nega

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da Folha Online

A greve dos auditores da Receita Federal, de braços cruzados desde o dia 18 do mês passado, pode atrasar a análise de declarações retidas em anos anteriores e a liberação de lotes de restituição da malha fina, segundo o Unafisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil). A Receita Federal, por sua vez, nega que a paralisação cause atrasos, uma vez que não apenas auditores participam do processo de análise.

Tanto Unafisco como Receita ressaltam, porém, que a greve não atrapalha o recebimento das declaração do IR 2008, que é feita eletronicamente pela página do órgão. Até o dia 31, quando o último balanço foi divulgado, 5,2 milhões de declarações haviam sido entregues.

O Unafisco informa que apesar da alta adesão à greve, o sindicato segue a determinação de manter ativo um quadro de 30% dos funcionários nas unidades da Receita.

Os auditores reivindicam 42% de reajuste salarial, equiparando os ganhos aos de delegados da Polícia Federal, que recebem R$ 18 mil --os auditores ganham, em média, R$ 13.300. O salário de um auditor em início de carreira é de R$ 10 mil, já incluindo R$ 3 mil de um adicional sobre metas de trabalho.

O governo afirmou que poderia conceder um reajuste de em média 44% para o teto dos vencimentos. No entanto, seria feito em três etapas anuais, de 2008 a 2010. Além disso, a proposta inclui critérios para a promoção dos auditores, que seriam avaliados pelo chefe imediato, o que desagrada o sindicato.

Prejudicados.

Mas se a população não sente a greve na pela, será afetada indiretamente com mercadorias presas nas fronteiras e com o possível aumento de preço, já que as indústrias deixam de produzir tanto quanto poderiam.

Segundo a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), a greve poderá provocar aumento de preços no varejo devido ao risco de desabastecimento da indústria.

A Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos) afirmou na última segunda-feira (31), por meio de nota, que "os estoques de componentes na indústria são bastante reduzidos, situação essa que pode se agravar com a paralisação da produção, se o ingresso de componentes importados não for normalizado logo'.

Ainda segundo a nota, o presidente da Eletros, Lourival Kiçula, disse que a paralisação pode prejudicar oferta de itens eletroeletrônicos para o Dia das Mães.

Representantes das empresas de transportes de carga também reclamam. Segundo os empresários, as transportadoras estão arcando com a manutenção dos veículos parados nas aduanas das fronteiras. Nesta semana, a entidade entregou manifesto ao ministro Guido Mantega (Fazenda) para defender o restabelecimento de negociações e pôr fim à greve.

Em São Paulo, atendendo a um pedido do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a Justiça Federal determinou que a superintendência da Receita Federal de São Paulo libere as mercadorias que se encontram no canal verde (que não possuem impedimentos para a liberação).

 

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