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01/07/2008 - 20h16

Presidentes do Mercosul culpam subsídios dos países ricos por crise dos alimentos

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da Ansa, em Tucumán

Os presidentes dos países do Mercosul demonstraram preocupação com a crise dos alimentos, atacaram a União Européia e agora buscam alternativas para a criação de fundos que combatam o desabastecimento mundial.

No comunicado conjunto emitido ao fim da 35ª Cúpula do Mercosul, realizada hoje na província argentina de Tucumán, os presidentes expressaram "preocupação pela crise mundial dos alimentos, com 900 milhões de famintos".

A reunião de hoje mostrou uma sintonia política profunda entre os vários participantes, incluindo pedidos por um Mercosul mais "político e unido".

Em seus discursos, os presidentes rechaçaram duramente a "diretiva de retorno" aprovada pela União Européia (UE), que prevê até 18 meses de detenção para imigrantes que sejam pegos sem documentação.

O tema dos alimentos, porém, foi mais recorrente. Os chefes de governo criticaram severamente os países mais desenvolvidos por subsidiarem seus produtores agrícolas e taxarem abusivamente as mercadorias importadas dos países emergentes.

O presidente Lula, que assumiu hoje a presidência de turno do Mercosul, criticou aqueles que querem colocar a culpa da crise dos alimentos nos países em desenvolvimento.

Ele destacou que na última reunião da FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura), realizada entre os dias 3 e 5 de junho em Roma, a declaração final não teve uma menção sequer aos subsídios, mas citou os direitos de exportação como distorções de mercado.

A fim de combater a crise, a Venezuela propôs a criação de um fundo de emergência de alimentos em que, para cada barril de petróleo vendido acima de US$ 100, seu governo depositaria US$ 1 na reserva.

Chávez calculou que o fundo poderia receber, só da Venezuela, cerca de "US$ 920 milhões por ano", mais as contribuições de outros países da América Latina.

O venezuelano chegou a atacar a reativação da Quarta Frota dos Estados Unidos e pediu que seus colegas perguntem a George W. Bush os reais propósitos de tal decisão.

Chávez, dirigindo o olhar a Lula, comentou que seu governo está de acordo com a fabricação de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, mas continua contra a plantação de milho para esse fim, já que este é um elemento importante para o combate à crise dos alimentos.

Comentários dos leitores
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
José Alberto (233) 11/12/2009 13h13
Vejam bem politicos e corruptos, não tem diferença,essa merkel está de olho só no nosso petroleo e nada mais, pois quem tocou no assunto de bio combustiveis foi olulala e não ela ela não quer nem saber....disso... sem opinião
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Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Sebastião Vicentim (59) 16/11/2009 16h18
Muito alarido, pelo diretor da FAO. ele está fazendo o seu papel. Agora... previsão para 2050 (daqui 40 anos). Será que esse diretor ou os especialistas se lembram do que seria necessário fazer, em 1968 em relação à fome no mundo? Em 40 anos, quais países ainda serão emergentes? É realmente problema de vontade política e de se ensinar e dar condições de "pescar" e não de dar o peixe já frito a esse segmento faminto da sociedade. Soluções estão à mostra a todo momento e para todo mundo. Uma delas é a transferência de tecnologia. Com tanta boa vontade que notamos em nossos líderes mundiais, não seria difícil um consórcio onde se ensinaria e proveria de boa infra-estrutura, de forma eficiente e eficaz, o cultivo, a produção, consumo de alimentos, erradicando a fome no mundo. Medidas nesses moldes não são para 2040, 2050 e sim pra já. A FAO deveria atuar em idéias semelhantes, em reunir nações realmente empenhadas em ajudar o povo faminto desse planeta e não em fazer considerações do que esse ou aquele País deve fazer. sem opinião
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O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
O Pacificador (266) 16/11/2009 13h40
"Países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050..."
Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
28 opiniões
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