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Presidentes do Mercosul culpam subsídios dos países ricos por crise dos alimentos
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da Ansa, em Tucumán
Os presidentes dos países do Mercosul demonstraram preocupação com a crise dos alimentos, atacaram a União Européia e agora buscam alternativas para a criação de fundos que combatam o desabastecimento mundial.
No comunicado conjunto emitido ao fim da 35ª Cúpula do Mercosul, realizada hoje na província argentina de Tucumán, os presidentes expressaram "preocupação pela crise mundial dos alimentos, com 900 milhões de famintos".
A reunião de hoje mostrou uma sintonia política profunda entre os vários participantes, incluindo pedidos por um Mercosul mais "político e unido".
Em seus discursos, os presidentes rechaçaram duramente a "diretiva de retorno" aprovada pela União Européia (UE), que prevê até 18 meses de detenção para imigrantes que sejam pegos sem documentação.
O tema dos alimentos, porém, foi mais recorrente. Os chefes de governo criticaram severamente os países mais desenvolvidos por subsidiarem seus produtores agrícolas e taxarem abusivamente as mercadorias importadas dos países emergentes.
O presidente Lula, que assumiu hoje a presidência de turno do Mercosul, criticou aqueles que querem colocar a culpa da crise dos alimentos nos países em desenvolvimento.
Ele destacou que na última reunião da FAO (Organização da ONU para Alimentação e Agricultura), realizada entre os dias 3 e 5 de junho em Roma, a declaração final não teve uma menção sequer aos subsídios, mas citou os direitos de exportação como distorções de mercado.
A fim de combater a crise, a Venezuela propôs a criação de um fundo de emergência de alimentos em que, para cada barril de petróleo vendido acima de US$ 100, seu governo depositaria US$ 1 na reserva.
Chávez calculou que o fundo poderia receber, só da Venezuela, cerca de "US$ 920 milhões por ano", mais as contribuições de outros países da América Latina.
O venezuelano chegou a atacar a reativação da Quarta Frota dos Estados Unidos e pediu que seus colegas perguntem a George W. Bush os reais propósitos de tal decisão.
Chávez, dirigindo o olhar a Lula, comentou que seu governo está de acordo com a fabricação de biocombustíveis a partir da cana-de-açúcar, mas continua contra a plantação de milho para esse fim, já que este é um elemento importante para o combate à crise dos alimentos.
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Aqui no Brasil, podem esquecer.
Sem chance...
Ao menos se continuarem os atos de organizações tipo MST, que invadem, destroem e queimam lavouras, com nossas autoridades assistindo á tudo, imersas no mais profundo e nojento silêncio constrangedor, não vai ter produção suficiente não.
Estamos deixando de ser uma nação do agronegócio, e nos tornando uma republiqueta especializada no "agroterror"...
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