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04/09/2002
-
15h07
da Folha Online
O preço do pão francês já acumula aumento de 19,2% no ano. Somente em agosto, o pão subiu 6,89%, contribuindo com um peso de 0,08 ponto percentual no índice de inflação do município de São Paulo do mês, que ficou em 1,01%, maior taxa mensal desde agosto do ano passado (1,15%). Em 12 meses, o reajuste acumulado do pãozinho é de 21,37%.
Os dados fazem parte do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgado na manhã de hoje.
Segundo o economista e coordenador da pesquisa do IPC-Fipe, Heron do Carmo, a alta do pãozinho se deve ao aumento do preço do trigo no mercado internacional. A maior parte das importações de trigo vem da Argentina, que tem retido o produto para elevar o preço.
A alta do trigo no mercado externo se deve também à redução dos estoques mundiais do produto. Secas nas principais regiões produtoras, principalmente nos Estados Unidos, reduziram a produção mundial.
Segundo o próprio ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, a produção nacional de trigo este ano deverá atender 37,9% do consumo do país. Ou seja, mais de 60% do produto virá de importações.
Pratini disse em agosto que o mercado brasileiro não deverá ter problemas de abastecimento de trigo neste ano e que o Brasil quer assegurar a compra de trigo argentino a um preço que não provoque alta no pão nem em outros derivados no mercado interno.
Mas, faltando apenas quatro meses para o final do ano, não é o que se tem observado. Segundo dados da Bolsa de Chicago do final de agosto, o trigo teve aumento de 25% nos últimos quatro meses. Na Argentina, o reajuste foi de 42% e, no Brasil, ajudado pelo dólar, o aumento foi de 45%.
O preço da farinha de trigo acumula na capital paulista aumento de 8% no ano e de 14,03% em 12 meses. Em agosto, o produto subiu 6,19%, segundo o IPC-Fipe.
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Pão francês sobe 6,89% em agosto e acumula alta de 19,2% no ano
IVONE PORTESda Folha Online
O preço do pão francês já acumula aumento de 19,2% no ano. Somente em agosto, o pão subiu 6,89%, contribuindo com um peso de 0,08 ponto percentual no índice de inflação do município de São Paulo do mês, que ficou em 1,01%, maior taxa mensal desde agosto do ano passado (1,15%). Em 12 meses, o reajuste acumulado do pãozinho é de 21,37%.
Os dados fazem parte do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgado na manhã de hoje.
Segundo o economista e coordenador da pesquisa do IPC-Fipe, Heron do Carmo, a alta do pãozinho se deve ao aumento do preço do trigo no mercado internacional. A maior parte das importações de trigo vem da Argentina, que tem retido o produto para elevar o preço.
A alta do trigo no mercado externo se deve também à redução dos estoques mundiais do produto. Secas nas principais regiões produtoras, principalmente nos Estados Unidos, reduziram a produção mundial.
Segundo o próprio ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, a produção nacional de trigo este ano deverá atender 37,9% do consumo do país. Ou seja, mais de 60% do produto virá de importações.
Pratini disse em agosto que o mercado brasileiro não deverá ter problemas de abastecimento de trigo neste ano e que o Brasil quer assegurar a compra de trigo argentino a um preço que não provoque alta no pão nem em outros derivados no mercado interno.
Mas, faltando apenas quatro meses para o final do ano, não é o que se tem observado. Segundo dados da Bolsa de Chicago do final de agosto, o trigo teve aumento de 25% nos últimos quatro meses. Na Argentina, o reajuste foi de 42% e, no Brasil, ajudado pelo dólar, o aumento foi de 45%.
O preço da farinha de trigo acumula na capital paulista aumento de 8% no ano e de 14,03% em 12 meses. Em agosto, o produto subiu 6,19%, segundo o IPC-Fipe.
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