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26/09/2002 - 17h53

Setembro tem a maior inflação no IGP-M desde março de 1999

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

A disparada do dólar nas últimas semanas puxou novo recorde na inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) no mês de setembro. A taxa ficou em 2,40% no período, a maior desde março de 1999, dois meses após a maxidesvalorização do real, quando bateu em 2,83%.

Calculado com base nos preços coletados ainda no atacado, o IGP-M é o primeiro índice mensal fechado e costuma sair pouco menos de uma semana antes da virada de mês. O IGP-M de setembro, por exemplo, foi calculado com base nos preços coletados entre 21 de agosto e 20 de setembro.

Em agosto último, o índice havia ficado em 2,32%, até então o maior desde agosto de 2000 (2,39%). No ano, o IGP-M já acumula alta de 10,54%. No mesmo período do ano passado, a taxa havia chegado a 7,67%. Nos últimos doze meses, o índice acumulou variação de 13,32%.

O aumento dos preços atingiu os produtos vendidos tanto no atacado quanto no varejo, onde a maior alta ficou com os alimentos.

Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), dispararam 3,43% e também atingiram a maior taxa registrada desde março de 1999, quando o percentual de alta havia sido de 4,16%.

Entre os produtos vendidos no atacado, os que mais pressionaram a inflação foram os derivados de bovinos (7,55%), soja (9,15%) e óleo de soja (13,22%). O trigo teve alta de 10,57% e o milho, de 8,78%.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), embora tenha mostrado desaceleração, registrou um índice alto, de 0,67%, mesmo com a queda nos preços do gás (-7,85%) e da gasolina (-0,33%). O resultado do IPC deveu-se principalmente ao aumento 1,57% dos alimentos.

O pão francês, cuja alta chegou a 7,24%, foi o produto que mais exerceu pressão isoladamente sobre o IPC. Também aumentaram os valores do óleo de soja (11,63%), do macarrão (4,21%) e das refeições em restaurantes (1,04%).

De acordo com o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, a tendência é de que o repasse cambial sobre os alimentos continuem para o consumidor.

A razão, segundo ele, é que os alimentos no atacado vêm subindo e aumentaram em setembro 4,45% após terem registrado alta de 3,15% em agosto.

O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) ficou em 0,68%, depois de registrar 0,82% em agosto.

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