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26/09/2002
-
19h35
da Folha de S.Paulo
O susto do brasileiro com a disparada do dólar, que já ameaça ficar no patamar de R$ 3,80, já é tão grande ao da época da desvalorização do real, em 1999. Pelo menos é o que mostra o relatório do Banco Central sobre os gastos dos brasileiros no exterior, que secaram no mês passado.
Dados divulgados hoje pelo BC, mostram que as despesas líquidas de brasileiros durante viagens internacionais ficou em US$ 4 milhões no mês passado. É o valor mais baixo desde março de 1999, época da maxidesvalorização do real.
Naquela ocasião, a cotação do dólar, que era fixada pelo governo em torno de R$ 1,21 até janeiro, chegou a R$ 2 em pouco mais de dois meses quando o governo foi obrigado a adotar o regime de câmbio flutuante, fazendo com que muitas pessoas cancelassem seus planos de viajar para o exterior.
Agora, a situação é semelhante. Com o dólar negociado acima de R$ 3, as despesas de turistas brasileiros com viagens internacionais caíram bastante. Em agosto, os brasileiros gastaram US$ 183 milhões no exterior. Os turistas estrangeiros, por sua vez, gastaram US$ 179 milhões no Brasil.
Isso resultou numa despesa líquida de US$ 4 milhões. Em julho, os gastos líquidos com viagens internacionais haviam ficado em US$ 75 milhões. Em agosto do ano passado, foram US$ 123 milhões.
Os números parciais deste mês indicam que os gastos dos brasileiros com viagens ao exterior continuam em queda. Até ontem, o resultado da conta de turismo internacional estava positivo em US$ 24 milhões, o que significa que os turistas estrangeiros gastaram no Brasil mais do que os brasileiros gastaram no exterior.
A redução nos gastos com turismo internacional ajuda no equilíbrio das contas externas. Quando ocorre uma queda no ingresso de dólares no país, a cotação sobe para conter as saída de recursos. Um dos setores atingidos é o de turismo internacional, pois, com a desvalorização do real, as pessoas procuram limitar seus gastos no exterior.
Para este ano, o BC espera uma redução de 40% nos gastos líquidos com viagens internacionais. Em 2001, essas despesas somaram US$ 1,468 bilhão. O BC projeta que, em 2002, o número irá recuar para US$ 876 milhões.
A expectativa é que ocorra um ligeiro aumento nesses gastos a partir do ano que vem. De acordo com projeções feitas pelo BC, as despesas com viagens internacionais devem chegar a US$ 1,211 bilhão em 2003.
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Dados divulgados hoje pelo BC, mostram que as despesas líquidas de brasileiros durante viagens internacionais ficou em US$ 4 milhões no mês passado. É o valor mais baixo desde março de 1999, época da maxidesvalorização do real.
Naquela ocasião, a cotação do dólar, que era fixada pelo governo em torno de R$ 1,21 até janeiro, chegou a R$ 2 em pouco mais de dois meses quando o governo foi obrigado a adotar o regime de câmbio flutuante, fazendo com que muitas pessoas cancelassem seus planos de viajar para o exterior.
Agora, a situação é semelhante. Com o dólar negociado acima de R$ 3, as despesas de turistas brasileiros com viagens internacionais caíram bastante. Em agosto, os brasileiros gastaram US$ 183 milhões no exterior. Os turistas estrangeiros, por sua vez, gastaram US$ 179 milhões no Brasil.
Isso resultou numa despesa líquida de US$ 4 milhões. Em julho, os gastos líquidos com viagens internacionais haviam ficado em US$ 75 milhões. Em agosto do ano passado, foram US$ 123 milhões.
Os números parciais deste mês indicam que os gastos dos brasileiros com viagens ao exterior continuam em queda. Até ontem, o resultado da conta de turismo internacional estava positivo em US$ 24 milhões, o que significa que os turistas estrangeiros gastaram no Brasil mais do que os brasileiros gastaram no exterior.
A redução nos gastos com turismo internacional ajuda no equilíbrio das contas externas. Quando ocorre uma queda no ingresso de dólares no país, a cotação sobe para conter as saída de recursos. Um dos setores atingidos é o de turismo internacional, pois, com a desvalorização do real, as pessoas procuram limitar seus gastos no exterior.
Para este ano, o BC espera uma redução de 40% nos gastos líquidos com viagens internacionais. Em 2001, essas despesas somaram US$ 1,468 bilhão. O BC projeta que, em 2002, o número irá recuar para US$ 876 milhões.
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