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14/10/2002
-
12h17
da Folha Online
O dólar saltou para R$ 3,93 (alta de 2,74%), máxima do dia, e caiu para R$ 3,81 (queda de 0,26%), próximo à cotação mínima do dia, logo após o Banco Central anunciar uma reunião extraordinária do Copom (Comitê de Politica Monetária do BC) para as 12h30 de hoje. A expectativa do mercado é de um choque de juros.
A volatilidade, que já era grande devido à falta de volume, aumentou ainda mais com a iminência de novos anúncios pela autoridade monetária. Há pouco, às 12h10, a moeda era cotada a R$ 3,85, alta 0,78%.
A hipótese do choque de juros já era comentada no mercado desde a semana passada, conforme antecipou a Folha Online. Na sexta-feira, quando o governo anunciou um pacote de medidas para conter a escalada do dólar, a possibilidade voltou a ser considerada como alternativa caso as medidas não surtissem efeito.
Como o dólar só caiu na sexta-feira e hoje já operava no mesmo nível que na manhã de quinta-feira, quando rompeu pela primeira vez a barreira dos R$ 4, o BC anunciou a reunião do Copom.
A última vez que o país passou por um choque de juros foi em março de 1999, logo após a maxidesvalorização cambial, quando a Selic passou de 25% ao ano para 45% ao ano.
Uma fonte da Folha Online no mercado de juros acredita que a elevação será superior a 10 pontos percentuais, e as taxas devem se aproximar de 30%. Hoje a taxa referencial do BC, a Selic, é de 18% ao ano.
"Agora que eles resolveram aumentar, terão que fazer direito. Aumentar um ou dois pontos não vai adiantar nada", afirmou a fonte.
O aumento da taxa de juros é usado para melhorar a remuneração dos títulos públicos do governo (LFT e LTN). Assim, os investidores passariam a comprar esses papéis ao invés de dólares, reduzindo a pressão sobre o câmbio.
Entretanto, com o ritmo atual do dólar - só na semana passada a moeda aumentou 5,5%, ou 20 centavos, é preciso que a remuneração dos títulos suba muito para que os papéis se tornem mais atraentes.
Com o feriado nos Estados Unidos (Descobrimento da América), o volume de negócios hoje é bastante baixo. Além da reunião do Copom, o mercado aguarda o resultado de mais uma tentativa de rolar US$ 1,3 bilhão de uma dívida de US$ 3,6 bilhão do governo que vence na quinta-feira e que vem pressionando o câmbio na última semana.
Investidores temerosos da política econômica do país após a transição presidencial têm se recusado a aceitar novos papéis do governo, e prefere recorrer ao dólar à vista para refazer seu estoque de proteção cambial.
Veja a cotação do dólar durante o dia
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Dólar oscila 12 centavos em 20 minutos por Copom
LUCIANA COELHOda Folha Online
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A volatilidade, que já era grande devido à falta de volume, aumentou ainda mais com a iminência de novos anúncios pela autoridade monetária. Há pouco, às 12h10, a moeda era cotada a R$ 3,85, alta 0,78%.
A hipótese do choque de juros já era comentada no mercado desde a semana passada, conforme antecipou a Folha Online. Na sexta-feira, quando o governo anunciou um pacote de medidas para conter a escalada do dólar, a possibilidade voltou a ser considerada como alternativa caso as medidas não surtissem efeito.
Como o dólar só caiu na sexta-feira e hoje já operava no mesmo nível que na manhã de quinta-feira, quando rompeu pela primeira vez a barreira dos R$ 4, o BC anunciou a reunião do Copom.
A última vez que o país passou por um choque de juros foi em março de 1999, logo após a maxidesvalorização cambial, quando a Selic passou de 25% ao ano para 45% ao ano.
Uma fonte da Folha Online no mercado de juros acredita que a elevação será superior a 10 pontos percentuais, e as taxas devem se aproximar de 30%. Hoje a taxa referencial do BC, a Selic, é de 18% ao ano.
"Agora que eles resolveram aumentar, terão que fazer direito. Aumentar um ou dois pontos não vai adiantar nada", afirmou a fonte.
O aumento da taxa de juros é usado para melhorar a remuneração dos títulos públicos do governo (LFT e LTN). Assim, os investidores passariam a comprar esses papéis ao invés de dólares, reduzindo a pressão sobre o câmbio.
Entretanto, com o ritmo atual do dólar - só na semana passada a moeda aumentou 5,5%, ou 20 centavos, é preciso que a remuneração dos títulos suba muito para que os papéis se tornem mais atraentes.
Com o feriado nos Estados Unidos (Descobrimento da América), o volume de negócios hoje é bastante baixo. Além da reunião do Copom, o mercado aguarda o resultado de mais uma tentativa de rolar US$ 1,3 bilhão de uma dívida de US$ 3,6 bilhão do governo que vence na quinta-feira e que vem pressionando o câmbio na última semana.
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