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12/12/2002
-
16h58
da Folha Online
A novela do anúncio do presidente do Banco Central terminou com um final morno no mercado. Após semanas de suspense, no dia em que o PT anunciou o nome do escolhido, o ex-presidente do BankBoston Henrique Meirelles, o dólar fechou em alta de 0,39%, vendido a R$ 3,79 e comprado a R$ 3,78.
O risco Brasil também diminuiu a queda para 0,56% e opera a 1.585 pontos, enquanto o principal título da dívida brasileira negociado no exterior, o C-Bond, já inverteu e passou a cair 0,2% para 61,87% do valor de face.
O mercado se dividiu a respeito da indicação de Meirelles, que este ano foi eleito deputado federal pelo PSDB em Goiás. Enquanto alguns analistas acham positivo o perfil "administrador" do economista, outros afirmaram que preferiam alguém mais "técnico".
''Todo mundo, até ontem, achava que ia ser o [Pedro] Bodin [sócio-diretor da Icatu DTVM], alguém com perfil mais técnico'', disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.
Fora do Brasil, a indicação também foi vista com ressalvas. Nos EUA, John Welch, chefe de pesquisas para América Latina do banco West LB, citou a ''falta de experiência com operações realizadas no mercado'' de Meirelles.
Embora a indicação não tenha despertado reações negativas, ela também não foi capaz de conter o ímpeto comprador das empresas e bancos que têm, este mês US$ 3,1 bilhões em dívida externa para saldar.
A cotação abriu em queda, chegou a recuar quase 2%, mas antes do fim da manhã já reverteu o recuo e passou a subir.
"Há uma pressão muito forte por parte de empresas e bancos que precisam de dólares agora", afirmou Carreira. Com os feriados de fim de ano, muitos deles estariam antecipando as compras.
Veja a cotação do dólar durante o dia
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Dólar fecha em alta e mercado se divide sobre Meirelles
LUCIANA COELHOda Folha Online
A novela do anúncio do presidente do Banco Central terminou com um final morno no mercado. Após semanas de suspense, no dia em que o PT anunciou o nome do escolhido, o ex-presidente do BankBoston Henrique Meirelles, o dólar fechou em alta de 0,39%, vendido a R$ 3,79 e comprado a R$ 3,78.
O risco Brasil também diminuiu a queda para 0,56% e opera a 1.585 pontos, enquanto o principal título da dívida brasileira negociado no exterior, o C-Bond, já inverteu e passou a cair 0,2% para 61,87% do valor de face.
O mercado se dividiu a respeito da indicação de Meirelles, que este ano foi eleito deputado federal pelo PSDB em Goiás. Enquanto alguns analistas acham positivo o perfil "administrador" do economista, outros afirmaram que preferiam alguém mais "técnico".
''Todo mundo, até ontem, achava que ia ser o [Pedro] Bodin [sócio-diretor da Icatu DTVM], alguém com perfil mais técnico'', disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.
Fora do Brasil, a indicação também foi vista com ressalvas. Nos EUA, John Welch, chefe de pesquisas para América Latina do banco West LB, citou a ''falta de experiência com operações realizadas no mercado'' de Meirelles.
Embora a indicação não tenha despertado reações negativas, ela também não foi capaz de conter o ímpeto comprador das empresas e bancos que têm, este mês US$ 3,1 bilhões em dívida externa para saldar.
A cotação abriu em queda, chegou a recuar quase 2%, mas antes do fim da manhã já reverteu o recuo e passou a subir.
"Há uma pressão muito forte por parte de empresas e bancos que precisam de dólares agora", afirmou Carreira. Com os feriados de fim de ano, muitos deles estariam antecipando as compras.
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