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26/12/2002
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19h55
A inflação em alta fez explodir a procura por fundos de investimento e títulos públicos que seguem a elevação dos preços. Essas aplicações existem no mercado há anos, mas a inflação contida as mantinha em segundo plano.
Com o IGP-M cada vez mais alto, os fundos atrelados a esse índice se tornaram coqueluche em pouco tempo. Um dos maiores do mercado, o FIF Capital da CEF (Caixa Econômica Federal), viu seu patrimônio pular de R$ 140 milhões em agosto para R$ 2,55 bilhões no fim de novembro.
Esses fundos são formados basicamente por títulos do governo atrelados ao IGP-M, as NTN-C (Notas do Tesouro Nacional série C). A maior demanda por parte das instituições financeiras fez o governo realizar vários leilões extraordinários para oferecer os títulos. Para o governo, a vantagem é que o mercado passou a aceitar papéis com prazos mais longos, com resgate em 2008, 2017 e até 2021.
A euforia pelos fundos atrelados à inflação pegou muitas instituições financeiras desprevenidas. Algumas tiveram de criar o produto de última hora para atender a investidores que queriam lucrar algo com a escalada dos preços.
O medo de que o IGP-M perca força nos próximos meses e que, consequentemente, os investidores abandonem os fundos da mesma forma rápida com que os procuraram levou bancos a fecharem suas portas a novas
captações.
O receio das instituições é que não haja recursos para compensar os saques se esse movimento começar de forma rápida.
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Escalada da inflação explode procura por fundos IGP-M
da Folha de S.PauloA inflação em alta fez explodir a procura por fundos de investimento e títulos públicos que seguem a elevação dos preços. Essas aplicações existem no mercado há anos, mas a inflação contida as mantinha em segundo plano.
Com o IGP-M cada vez mais alto, os fundos atrelados a esse índice se tornaram coqueluche em pouco tempo. Um dos maiores do mercado, o FIF Capital da CEF (Caixa Econômica Federal), viu seu patrimônio pular de R$ 140 milhões em agosto para R$ 2,55 bilhões no fim de novembro.
Esses fundos são formados basicamente por títulos do governo atrelados ao IGP-M, as NTN-C (Notas do Tesouro Nacional série C). A maior demanda por parte das instituições financeiras fez o governo realizar vários leilões extraordinários para oferecer os títulos. Para o governo, a vantagem é que o mercado passou a aceitar papéis com prazos mais longos, com resgate em 2008, 2017 e até 2021.
A euforia pelos fundos atrelados à inflação pegou muitas instituições financeiras desprevenidas. Algumas tiveram de criar o produto de última hora para atender a investidores que queriam lucrar algo com a escalada dos preços.
O medo de que o IGP-M perca força nos próximos meses e que, consequentemente, os investidores abandonem os fundos da mesma forma rápida com que os procuraram levou bancos a fecharem suas portas a novas
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O receio das instituições é que não haja recursos para compensar os saques se esse movimento começar de forma rápida.
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