Publicidade
Publicidade
29/06/2003
-
03h00
A conta de telefone fixo fica 28,75% mais cara a partir de hoje, com o aumento concedido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na semana passada.
Para o consumidor, a assinatura residencial e o pulso sobem, em média, 25%. A habilitação, pulso (para empresas), assinatura não-residencial e tronco (PABX) sobem 41,75% em média. O percentual varia de acordo com o Estado.
Este ano já foram autorizados reajustes para as ligações feitas de telefones fixos para aparelhos móveis --que subiram 22,25%-- e para as tarifas de telefonia celular, que estão 21,99% mais caras desde fevereiro.
O reajuste deste ano provocou muita confusão dentro do governo, e quase foi cancelado na última hora.
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, chegou a pedir, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a Anatel adiasse o aumento para tentar um novo acordo com as empresas. Mas os Ministérios da Fazenda e Casa Civil orientaram a agência a não romper os contratos assinados com as operadoras, que garantiam o repasse da inflação medida pelo IGP-DI.
No acordo fechado entre empresas e Anatel não foi possível parcelar o aumento, como queria o governo e a própria agência, mas as operadoras concordaram em reajustar os serviços residenciais abaixo da média de 28,75%.
Justiça
Mas o mal-estar gerado pela confusão em torno do aumento pode levar o caso para a Justiça. Na sexta-feira, o Ministério Público solicitou à Anatel explicações sobre o reajuste, que precisam ser apresentadas em dez dias, a contar da próxima segunda (30).
O MP vai avaliar se está havendo desequilíbrio econômico e financeiro dos contratos de concessão em favor das empresas, contra os interesses do consumidor.
A decisão de abrir uma ação civil pública para tratar do assunto só será tomada se houver indícios de "quebra da modicidade" das tarifas --obtenção de um preço compatível com a renda dos usuários. O Ministério das Comunicações informou que ficará à disposição para dar apoio técnico para o MP.
Inflação
O reajuste do telefone terá um impacto sobre o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,56 ponto percentual em julho. Essa é a previsão do Banco Central.
Caso o reajuste fosse integral, ou seja, de todo o IGP-DI dos últimos 12 meses, pelos cálculos do BC, o impacto sobre o IPCA seria de 0,66 ponto percentual.
Leia mais
Mercadante defende revisão dos contratos
Miro diz que reajuste é abusivo e que Anatel se rendeu
Impacto do reajuste na inflação preocupa Meirelles
Dirceu defende "desdolarização" das tarifas
Anatel contraria Lula e autoriza reajuste de até 41,75% para telefonia
Conta de telefone fixo fica mais cara a partir deste domingo
da Folha Online, em São Paulo e BrasíliaA conta de telefone fixo fica 28,75% mais cara a partir de hoje, com o aumento concedido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na semana passada.
Para o consumidor, a assinatura residencial e o pulso sobem, em média, 25%. A habilitação, pulso (para empresas), assinatura não-residencial e tronco (PABX) sobem 41,75% em média. O percentual varia de acordo com o Estado.
Este ano já foram autorizados reajustes para as ligações feitas de telefones fixos para aparelhos móveis --que subiram 22,25%-- e para as tarifas de telefonia celular, que estão 21,99% mais caras desde fevereiro.
O reajuste deste ano provocou muita confusão dentro do governo, e quase foi cancelado na última hora.
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, chegou a pedir, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a Anatel adiasse o aumento para tentar um novo acordo com as empresas. Mas os Ministérios da Fazenda e Casa Civil orientaram a agência a não romper os contratos assinados com as operadoras, que garantiam o repasse da inflação medida pelo IGP-DI.
No acordo fechado entre empresas e Anatel não foi possível parcelar o aumento, como queria o governo e a própria agência, mas as operadoras concordaram em reajustar os serviços residenciais abaixo da média de 28,75%.
Justiça
Mas o mal-estar gerado pela confusão em torno do aumento pode levar o caso para a Justiça. Na sexta-feira, o Ministério Público solicitou à Anatel explicações sobre o reajuste, que precisam ser apresentadas em dez dias, a contar da próxima segunda (30).
O MP vai avaliar se está havendo desequilíbrio econômico e financeiro dos contratos de concessão em favor das empresas, contra os interesses do consumidor.
A decisão de abrir uma ação civil pública para tratar do assunto só será tomada se houver indícios de "quebra da modicidade" das tarifas --obtenção de um preço compatível com a renda dos usuários. O Ministério das Comunicações informou que ficará à disposição para dar apoio técnico para o MP.
Inflação
O reajuste do telefone terá um impacto sobre o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 0,56 ponto percentual em julho. Essa é a previsão do Banco Central.
Caso o reajuste fosse integral, ou seja, de todo o IGP-DI dos últimos 12 meses, pelos cálculos do BC, o impacto sobre o IPCA seria de 0,66 ponto percentual.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice