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29/06/2003 - 16h05

Nem crise japonesa reverte fenômeno dos dekasseguis

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

Mesmo em crise, o Japão, a segunda maior economia do mundo, não pára de importar mão-de-obra barata para suas fábricas.

Segundo o presidente do Ciate (Centro de Informação e Apoio ao Trabalhador no Exterior), Masato Ninomiya, o governo japonês se prepara para divulgar o balanço de estrangeiros no país, referente a 2002.

"Posso adiantar que, no ano passado, a população de brasileiros no Japão chegou a 267 mil pessoas. Houve um aumento de 2.000 pessoas."

A última vez que esse indicador apontou queda foi em 1998 por causa da crise asiática, segundo Ninomiya.

Ele acha que o número de dekasseguis --termo usado para designar o brasileiro que vai trabalhar nas fábricas japonesas-- deve continuar aumentando.

"A economia brasileira continua em crise. Mesmo quem está empregado não tem previsão de receber um aumento de salário a curto prazo."

Segundo o presidente do Ciate, quem mais se interessa em ir para o Japão ganha hoje no Brasil entre três a sete salários mínimos (entre R$ 810 e R$ 1.680).

"No Japão, o homem vai receber, em média, US$ 2.000 (cerca de R$ 6.000) por mês, enquanto o salário da mulher é menor, entre US$ 1.700 e US$ 1.800 (até R$ 5.400)", diz Ninomiya.

Por mês, só em São Paulo, são emitidos cerca de 3.000 vistos para viagens para o Japão, segundo ele.

"Muitos ficam para trabalhar. Outros voltam porque já fizeram um bom dinheiro."

Sobre o aumento dos casos de violência envolvendo brasileiros no Japão, opresidente do Ciate diz que 90% são ocorrências de furtos.

"Não são crimes hediondos. O problema é cultural. Você encontra bicicletas abandonadas na rua, chaves deixadas na ignição dos carros e toca-fitas. Essa facilidade, que não há no Brasil, favorece os furtos."

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  • Veja dados da remessa de dinheiro por imigrantes, em PDF

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